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Atentado a partido de Assad mata 53 e fere mais de 200 em Damasco

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publicado em 21/02/2013 às 11h49

 Pelo menos 53 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas em um atentado na manhã desta quinta-feira contra a sede do partido Baath, do ditador sírio, Bashar Assad, em Damasco. A ação foi confirmada por grupos da oposição e pela imprensa estatal.

A ação acontece em meio a três dias de tentativas dos rebeldes em atingir alvos do regime sírio na capital do país. Horas após o atentado, duas bombas caíram ao lado da sede do Estado-Maior das Forças Armadas do país, mas sem deixar feridos.

A informação sobre o número de mortos é da agência de notícias estatal Sana, que informa também que 237 pessoas ficaram feridas. O grupo ativista da oposição Observatório Sírio de Direitos Humanos diz que 42 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas.

As informações sobre a situação na Síria não podem ser confirmadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime de Bashar Assad à entrada de jornalistas e organizações internacionais no país.

O grupo ativista ainda informa que 18 pessoas morreram na cidade de Deraa, no sul do país, após bombardeio do governo. Os ativistas afirmam que, dentre os mortos, estão oito rebeldes, três médicos, uma mulher e uma menina.

A ação aconteceu no bairro de Mazraa, que fica na região central de Damasco, e é uma área densamente povoada. O carro-bomba explodiu em uma área entre a sede do Baath e a embaixada da Rússia, que fica na mesma região. Moscou é um dos principais aliados do regime de Bashar Assad.

Imagens da televisão estatal mostram carros e prédios destruídos, incluindo um hospital, uma mesquita e uma escola que ficam a metros da sede do partido. A imprensa do governo informa que quatro crianças foram feridas após o ato.

OFENSIVA

O atentado acontece após dois dias de tentativas de grupos rebeldes em atingir alvos do regime na capital síria. Na terça (19), grupos de oposição dispararam contra um dos três palácios presidenciais da cidade, em ação que não deixou feridos. O ditador Bashar Assad não estava no local no momento da ação.

Na quarta (20), os rebeldes tentaram atingir a sede do Baath no bairro de Tishrin, mas erraram o alvo e atacaram um hotel onde estava hospedado o time do Al Wathba, de Homs. A equipe se preparava para sair do local quando foi atingida. Um jogador de 19 anos morreu e outros quatro ficaram feridos.

A capital Damasco começou a sofrer com as consequências da crise entre oposição e governo na Síria em julho, quando rebeldes fizeram um atentado que matou quatro integrantes da cúpula de Assad. Devido à violência, as aparições de Assad também ficaram cada vez mais raras.

Desde o início dos confrontos, em março de 2011, pelo menos 70 mil pessoas morreram na Síria, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). A entidade também afirma que 5 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária. Dentre eles, são 2 milhões de refugiados internos e 857 mil sírios que fugiram do país.

Folha.com

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