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IRREGULARIDADES

Dossiê acusa Rômulo Polari de desvio de recursos da UFPB

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publicado em 28/02/2013 às 17h22

Uma auditoria realizada na Universidade Federal da Paraíba  (UFPB ) envolve em irregularidades o ex-gestor e atual secretário de Planejamento do Governo de Luciano Cartaxo, Rômulo Polari. Polari está sendo acusado de desvio de recursos da instituição.

Um dossiê de várias páginas apresentado nesta quinta-feira (28) pela atual reitora da UFPB, Margareth Diniz,  também respinga sobre o atual secretário de Educação de João Pessoa, Luiz de Sousa Júnior. Polari e Júnior são acusados de fazerem contratações ilegais na instituição, irregularidades  em convênios, ausência de licitação para aquisição de passagem, aquisição de gênero alimentício para o Restaurante Universitário e compra de combustível.

A denúncia foi feita durante reunião com todos os pró-reitores. Um deles, Francisco Marinho, afirmou que, mesmo sendo proibido, tinha gente que trabalhava em outras instituições, mesmo recebendo por tempo integral pela UFPB.

Já a reitora, durante explanação, citou o caso do desvio de mais de R$ 2 milhões de reais da Fundação José Américo. De acordo com a reitora, esse desvio foi de gêneros alimentícios que nunca chegaram ao Restaurante Universitário.

“A Fundação José Américo tinha graves problemas de recursos não ordem de R$ 2 milhões de reais de notas falsas de gêneros alimentícios que nunca chegaram ao Restaurante Universitário. Esse assunto foi detectado pelo Tribunal de Contas da União e já vinha acontecendo desde 2009. Então, já era do domínio público. Isso foi adotado na gestão anterior. Não começou em 2012 e, por isso, quero encerrar essa conversa aqui”, afirmou a reitora.

Já o coordenador geral do Reuni, Gustavo Tavares, apontou para a existência de um “rombo enorme”, mas não soube precisar de quanto: “O diagnóstico é que a universidade cresceu muito, mas do ponto de vista qualitativo existe muitos problemas, pois temos obras que não foram concluídas, laboratórios que não podem funcionar, uma série de cursos sem professores. Nas construções não tem acessibilidade. O que eu acho mais grave é que todos esses recursos foram investidos em uma administração de papel. Então fica difícil você ter controle e transparência das informações sem ter um sistema informatizado sobre esses recursos que foram investidos".

Ainda de acordo com o coordenador, para o Ministério da Educação todos os 33 laboratórios da UFPB estão equipados, mas, na verdade, existem apenas os prédios vazios .

Margareth Diniz avaliou a reunião e destacou que o propósito foi o de apresentar o diagnóstico da realidade para mostrar que essa era extremamente “centralizadora”. Contudo, ainda de acordo com a reitora, agora é preciso fazer um “divisor” para que a gestão anterior seja responsabilizada pelos danos gerados a instituição.

“Perdemos grandes quantidades de convênios. A universidade estava no Cadin por irregularidades que deveriam ter sido resolvidas pela gestão. Ficaram muitas coisas pendentes que não foram repassadas para a Pró-reitoria administrativa. Eu digo: é uma situação caótica essa que o gestor entregou à nova a pró-reitora. São prejuízos que não deveriam ter sido feitos aàinstituição. No entanto, eu digo que quem tiver de se ser responsabilizado, vai ser. Não somos nós que fazemos as apurações. Para isso existem instituições, como a Controladoria Interna da UFPB, a Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União e Polícia Federal”, afirmou.

Roberto Targino 

com informações da 98 FM

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