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Petrobrás anuncia reajuste em diesel e ações disparam na bolsa

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publicado em 06/03/2013 às 15h35

 SÃO PAULO – As ações da Petrobrás reagem com forte alta ao anúncio de reajuste do diesel feito pela empresa, na noite de terça-feira, 5.

Às 11h16, o papel ordinário (ON, com direito a voto) dispara 12,49%, a R$ 16,04, enquanto a ação preferencial saltava 6,52%, a R$ 17,64.

No mesmo momento, o Ibovespa também subia, a ritmo menor, com alta de 1,59%, para 56.838 pontos.

Um aumento inesperado de 5% no preço do óleo diesel nas refinarias da Petrobrás começou a vigorar hoje, pouco mais de um mês depois do último reajuste, de 5,4%, anunciado no final de janeiro. Desta vez, no entanto, o aumento não foi estendido à gasolina, que em 30 de janeiro havia subido 6,6%.

Este é o quarto aumento do diesel desde junho do ano passado. O anúncio surpreendeu: “Não esperávamos por isso agora”, disse Alísio Vaz, presidente do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom).

O preço do diesel, sobre o qual incide o reajuste anunciado pela Petrobrás, não inclui os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS. Em nota, a companhia informou que aumento foi definido, “levando em consideração a política de preços, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo”.

Defasagem

Para o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o reajuste “é uma boa notícia”, mas não zera a defasagem, que ele calcula em 19% em relação aos preços internacionais do combustível.

Ele estranhou apenas a decisão num momento em que a inflação está em alta, mas disse ter tido conhecimento de que o governo estuda zerar o PIS/Cofins cobrado no produto, o que compensaria o reajuste.

“É uma notícia muito importante que vai reforçar muito o caixa da Petrobrás”, diz, lembrando que a importação de diesel no ano passado correspondeu a 19% do consumo. Este ano, segundo ele, este porcentual deve subir para a casa de 24%, por causa do aumento da safra agrícola.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já afirmou, contudo, que o governo não fará redução de tributos para compensar o reajuste. “Não. Não tem nenhuma compensação”, afirmou ao ser abordado por jornalistas ao chegar ao ministério da Fazenda na manhã desta quarta-feira, 6.

Empresa

Impactada por um plano de investimentos que teve seu volume, para 2012-2016, ampliado em 5,25% em relação ao anterior (2011-2015), para US$ 236,5 bilhões, a Petrobrás vem perseguindo o que a presidente da estatal, Graça Foster, costuma definir como “convergência de preços”. A executiva evita falar em paridade, mas recorrentemente tem defendido que a empresa necessita elevar sua receita para manter o programa de investimentos.

Estadão 

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