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Sete estudantes são presos por tentarem fraudar vestibular de Medicina

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publicado em 07/12/2014 às 12h13

Sete estudantes com idades entre 18 e 31 anos foram presos no início da noite de sábado (6) em Uberaba (a 478 km de Belo Horizonte), em Minas Gerais, acusados de tentativa de fraudar o vestibular para o curso de medicina da Uniube (Universidade de Uberaba).

Eles prestavam as provas do vestibular e foram encaminhados à delegacia sob a denúncia de crime de fraudes em certames de interesse público, de acordo com o artigo 311-A do Código Penal Brasileiro.

Uma operação havia sido preparada e desencadeada no campus da universidade, com o apoio da diretoria da instituição, após uma denúncia anônima. Equipes da Polícia Civil de Minas Gerais se passaram por fiscais durante a aplicação da prova.

A tentativa de fraude foi confirmada pela equipe de policiais, por volta das 18h, quando os sete vestibulandos solicitaram uma ida ao banheiro. Após entrarem no local, os policiais realizaram buscas e encontraram um aparelho celular contendo mensagem codificada que correspondia ao gabarito das provas.

Os estudantes são de Tabatinga (SP), Itápolis (SP), Sud Mennucci (SP), Conceição das Pedras (MG), Aparecida do Taboado (MS) e Umuarama (PR). Os nomes não foram divulgados.

O delegado de plantão de Uberaba determinou a prisão em flagrante dos sete estudantes e uma fiança de R$ 5.000 para cada um deles.

De acordo com a polícia mineira, a quadrilha responsável pelo esquema seria de São Paulo e já estaria sendo investigada.

O delegado em Uberaba, responsável pelas investigações, Luiz Tortamano afirmou neste domingo (7) que "a quadrilha é de São Paulo, da região de Fernandópolis, e repassaria o gabarito pelo celular, por meio de uma mensagem codificada".

Segundo Tortamano, os integrantes do grupo já estão sendo investigados pela Polícia Civil de São Paulo, onde estão sendo realizados os levantamentos para a identificação e a prisão dos envolvidos.

Por meio de nota, assinada pela coordenadora do vestibular da Uniube Marilene Ribeiro, a instituição afirmou que equipes da própria universidade deram apoio ao trabalho dos policiais e confirmou que "houve o flagrante de sete candidatos, mas nenhum vestibulando saiu da sala levando o caderno de provas". "Os flagrados certamente utilizaram de alguma estratégia para esconder os aparelhos."

"Os policiais elogiaram os procedimentos da Uniube, que não permite a entrada de inscritos sem apresentar a documentação prevista no edital e sem passar por revista para impedir o acesso às salas portando celulares", diz a nota da Uniube.

De acordo com a polícia, a prova foi feita por uma pessoa denominada "Piloto". Às 17h30, essa pessoa sairia com a prova e repassaria uma mensagem com as respostas do gabarito. O "piloto" ainda não foi identificado pela polícia. Cada suspeito teria desembolsado R$ 10 mil pelo serviço. Se fosse aprovado no vestibular, cada um teria que pagar mais R$ 40 mil para o fraudador.

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