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Prefeitura reestrutura o Centro de Apoio às Mulheres Vítimas de Violência

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publicado em 17/04/2013 às 19h07

A Prefeitura Municipal de Bayeux reativou, no início de janeiro, um importante serviço para a população. Trata-se do Centro de Referência e Apoio às Mulheres Vítimas de Violência (Cravim), órgão ligado à Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social. A gestão do prefeito, Dr. Expedito Pereira (PSB), vem tratando o combate à violência feminina como um das metas principais na área social.

Praticamente inoperante em outras gestões, o órgão vinha funcionando, precariamente, em uma pequena sala anexa ao Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas). O atendimento era realizado por apenas uma funcionária. A primeira medida adotada pelo prefeito Dr. Expedito Pereira foi determinar a transferência do Cravim para uma sede própria, localizada no Centro Administrativo II, na rua Francisco Pontes, nº 250, no bairro Sesi. O atendimento ao público passou a ser realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.

O segundo passo foi reformular a equipe de trabalho, que agora conta com coordenadora, assessora jurídica, assistente social, psicóloga, pedagoga, auxiliar administrativo, entre outras profissionais. “Tivemos o cuidado de formar uma equipe multidisciplinar, composta só por mulheres experientes e reconhecidas em suas profissões. Buscamos prestar um atendimento mais qualificado, sem causar constrangimento às vítimas, que buscam o apoio do Cravim já fragilizadas por sofrerem algum tipo de violência”, explica a secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social, Maria Cristina Mota Duarte.

O Cravim auxilia as mulheres que, geralmente, sofrem algum tipo de violência, seja ela física, quando causa lesão ou dano ao corpo; sexual, quando há relação não desejada; psicológica, na ocorrência de agressão verbal ou humilhação; moral, quando há calúnia, difamação ou injúria; ou institucional, quando ocorre ato constrangedor ou omissão de atendimento realizado por agente público.

“Recebemos, quase que diariamente, uma grande quantidade de denúncias de mulheres que sofrem algum tipo de violência. De imediato, a nossa equipe realiza o acolhimento da vítima, presta orientações sobre como ela deve proceder em relação ao possível agressor, que em muitos casos é o próprio marido ou parente próximo, e realizamos o acompanhamento dessa vítima na Delegacia da Mulher e nas audiências que envolvem o caso”, explica Elizângela Carneiro Amorim, coordenadora do Cravim em Bayeux.

A coordenadora ainda explica que as psicólogas e assistentes sociais também acompanham as vítimas, buscando auxiliá-las no resgate da autoestima e no retorno ao meio social. “As mulheres que buscam o apoio do Cravim são assistidas desde a entrada no órgão até o desfecho do caso. Muitas sentem dificuldade em retornar ao convívio da família, à vida normal, ao trabalho, aos estudos, portanto, cabe a nós ajudá-las nessa retomada”, argumenta.

Primeiros resultados

Reestruturado e em pleno funcionamento, o Cravim já começa a colher os primeiros resultados em Bayeux. A coordenação tem promovido a divulgação dos serviços oferecidos pelo órgão em várias secretarias e setores e nas comunidades mais carentes do município, que, infelizmente, é onde se registra o maior número de casos de violência contra as mulheres.

“Aos poucos, essas mulheres vão percebendo que existe, bem próximo de suas residências, um órgão para auxiliá-las nos casos de violência. Já realizamos vários atendimentos psicológicos, assistenciais e jurídicos, acompanhamos várias vítimas e temos percebido que essas mulheres têm perdido, cada vez mais, o medo de denunciar a violência a qual são vítimas”, argumenta Elizângela Amorim.

O trabalho social desempenhado pela equipe do Cravim, nos primeiros meses do ano, é comemorado pela secretária Maria Cristina Mota Duarte. “A vontade dessa equipe em ajudar as nossas mulheres tem sido digno de exemplo. Elas têm trabalhado, incansavelmente, pois, nesta gestão ninguém fica apenas atrás de birô. Elas vão para as ruas divulgar a importância de se combater a violência contra a mulher. Estamos muito satisfeitos que esse importante serviço tenha voltado a funcionar corretamente. Só quem ganha é a população de Bayeux”, diz.

Assessoria de Imprensa

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