João Pessoa, 19 de novembro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora

Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Respeito é bom…

Comentários: 0
publicado em 19/11/2013 às 16h11

Se a aliança PMDB e PT nacional dependesse do humor e satisfação dos peemedebistas da Paraíba, estaria por uma peinha de nada, como se diz lá na praça Francisco Braga, na minha Marizópolis. O grau de insatisfação com as declarações e comportamentos dos petistas paraibanos atingiu o ápice.

São dois motivos, basicamente. Primeiro, o partido, tal qual em nível nacional, se sente humilhado e destratado pelo Planalto quanto ao cozinhamento da nomeação do senador Vital do Rêgo no Ministério da Integração Nacional, uma questão pacífica dentro do PMDB em Brasília.

Segundo, o PMDB paraibano já não agüenta tanto achaques ao partido oriundos do PT. Uma hora, Zé Maranhão, a mais tradicional e simbólica liderança do partido, é tratado como “gagá” e ultrapassado. Outra hora, o PMDB é desdenhado na sua força e capilaridade eleitoral e visto como legenda carcomida, que nada novo tem a oferecer.

Esses dois pontos estão entalados na goela dos peemedebistas e foram levantados pelo deputado federal Hugo Motta, em contato com a Coluna. Para o jovem parlamentar, velha mesmo e inadmissível é a prática do PT achar que o PMDB serve para apoiar a reeleição de Dilma, mas não serve para relação de diálogo e reciprocidade.

A perdurar o que considera desrespeito a um aliado de primeira hora, seja por declarações, seja por gestos, o PMDB da Paraíba pode ser o primeiro do Brasil a defender prévias para liberação dos seus candidatos nas composições de palanques em todo o País. O começo de um rompimento e aproximação ao PSDB.

O recado foi dado por Hugo em conversa em plena ponte aérea Brasília/João Pessoa com o vice-prefeito de Patos e candidato derrotado no PED do PT, Lenildo Morais. Na vigília de 2014, o PMDB quer que o PT reze o Pai Nosso por inteiro e não interrompa a oração no “venha a nós”. E o vosso reino nada.

*Artigo publicado na coluna do jornalista no Correio da Paraíba, edição do dia 16/11/2013 (sábado).

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

Leia Também