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A difícil compreensão

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publicado em 10/02/2014 às 09h17

A absoluta maioria da população sabe conciliar liberdade de expressão e responsabilidade social. E nessa conciliação sabe fazer sua reivindicação com a obediência à ordem social, portanto agindo com observância àquele antigo princípio de que “o direito de um vai até não prejudicar o direito do outro”, ou seja, sem baderna, sem vandalismo.

As pessoas de postura assim são construtoras de uma democracia cada vez mais fortalecida e por todos reconhecida como a de melhor regime político-social. Elas tanto são positivas nas reclamações que fazem e nas proposições formuladas para a correção do que entendam estar incorreto e/ou injusto quanto se dispõem a ouvir e refletir sobre as informações e/ou esclarecimentos que lhes sejam prestados.

No recente sábado, 8 de fevereiro, caminhando na calçadinha da beira-mar de Intermares, encontrei-me com Vamberto… Vamberto, um quase setentão com um vigor tal que lhe permite todas as manhãs dar suas caminhadas (naquela área cabedelense) velozmente parecendo um menino!

Nesse encontro, juntos (eu e Vamberto), continuando a caminhada, ele (que já trabalhou no setor de transporte coletivo de João Pessoa) pergunta-me: “Mário, é verdade que meu Passe Livre, que tenho direito nos ônibus, não é pago pelo governo?”.

Respondi-lhe sim. É verdade: os governos não pagam as gratuidades e os descontos que o próprio setor público concedeu por lei, seja ao idoso, seja aos oficiais de justiça, aos carteiros da EBCT etc, nem os 50% da passagem referente à meia-passagem concedida aos estudantes. A única exceção, aqui em nossa capital, é a meia-passagem que corresponde ao Passe Livre dos estudantes da Rede Municipal de Ensino, este, sim. bancado pela Prefeitura de João Pessoa!
E aí Vamberto admirou-se: “É mesmo, Mário?!… Meu Passe Livre é bancado pelos outros passageiros que pagam suas passagens?!…”.

Confirmei o sim e lhe explicitei que em João Pessoa há um percentual próximo de 12% de gratuidades totais e mais 26% de gratuidades parciais (as meias-passagens dos estudantes). Ponderando esses coeficientes, a gratuidade total, absoluta, tem um peso de 25% nas tarifas. Isto significa que, tomando-se como exemplo um valor tarifário de R$ 2,40 (isto para uma explicitação mais didática), se os governos subsidiassem todas essas gratuidades (tanto as parciais como as totais), a tarifa seria de apenas R$ 1,80. E nem estamos computando as desonerações que a Frente Nacional de Prefeitos foi a Brasília reivindicar, conforme matéria publicada por este Jornal na sexta-feira (dia 7) em seu caderno de Economia!…

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