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MARTELO

Pescadores capturam tubarão no litoral sul da Paraíba

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publicado em 04/06/2013 às 15h49

 Pescadores capturaram um tubarão na madrugada desta terça-feira (4) nas águas do Litoral Sul da Paraíba. De acordo com os pescadores, o tubarão, uma fêmea de cerca de 600 kg, é da espécie martelo e estava grávida. A carne do animal será vendida no mercado de peixe de Tambaú, orla de João Pessoa.

João Alcides Tavares pesca há 15 anos e contou que foi a segunda vez que capturou um tubarão. A captura do animal animou ainda mais a pescaria. “A pescaria estava muito fraca e capturar um peixe desses é uma dádiva que qualquer pescador tem a obrigação de agradecer a Deus”, disse.

Segundo o pescador, cada quilo do tubarão vai ser vendido por cerca de R$ 8, o que vai render a eles cerca de R$ 1,5 mil. “Creio que ele entrou na nossa rede em busca dos peixes que também capturamos”, acrescentou.

De acordo com a bióloga Rita Mascarenhas, o tubarão-martelo já foi uma espécie mais comum no litoral da Paraíba.
“No entanto, com a caça predatória, com a sobre-exploração, a espécie deixou de ser numerosa. Aqui no nosso litoral, temos pelo menos umas 20 espécies de tubarão, como o lixa, que não é agressivo, e o flamingo”, completou.

Para Rita Mascarenhas, a população não precisa se assustar e evitar tomar banho de mar. “O nosso litoral é privilegiado. Nós temos alimentação em abundância para peixes desse porte e águas limpas, o que faz com que os tubarões não ataquem os seres humanos. Além disso, são espécies que vivem em alto-mar”, afirmou.

Porém, a bióloga ressalta que os banhistas evitem locais próximos a rios. “Esses locais apresentam água turva e alimentos, o que acaba atraindo esses animais. Com relação à água turva, é um perigo porque os tubarões não enxergam e acabam atacando as pessoas”, disse.

Ainda segundo a bióloga, a possibilidade de ataques de tubarão no litoral paraibano é remota por conta das características naturais. “Temos águas bastante profundas e isso faz com que esses animais se mantenham distantes da costa. Além do mais, temos uma natureza em equilíbrio, com condições adequadas para que esses animais permaneçam no hábitat deles, que é o alto-mar”, enfatizou.

G1

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