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ÁFRICA DO SUL

Estado de saúde de Mandela é ‘grave, mas estável’, diz governo

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publicado em 10/06/2013 às 14h00

 O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela continua internado no hospital nesta segunda-feira (10) e seu estado de saúde não mudou, continua "grave, mas estável", infomou o governo nesta manhã. Ele foi internado no último sábado (8) com uma infecção pulmonar.

Em um comunicado, o presidente Jacob Zuma repetiu seu apelo para que o país reze por Mandela, informou a agência de notícias Reuters.
Winnie, ex-mulher de Mandela, foi visitá-lo no hospital na tarde desta segunda, de acordo com a BBC.

Quarta internação

Essa é a quarta internação de Mandela desde dezembro, e o uso da palavra "sério" para descrever seu estado intensificou preocupações sobre a saúde de um homem reverenciado em todo o mundo como um símbolo da perseverança e da reconciliação.

O ex-presidente apareceu bastante fragilizado nas últimas imagens divulgadas, em abril, durante uma visita a sua residência das principais autoridades do país. Nestas imagens ele foi visto sentado em uma cadeira, com um cobertor sobre as pernas. Seu rosto não expressava qualquer emoção.

Mandela passou 10 dias internado no fim de março, também por uma infecção pulmonar, provavelmente vinculada às sequelas de uma tuberculose que contraiu durante sua detenção na ilha-prisão de Robben Island. Nesta prisão, ele passou 18 dos 27 anos de detenção, durante o regime do apartheid, obrigado a trabalhar em uma pedreira, o que afetou para sempre seus pulmões.

No domingo, o jornal Sunday Times adotou um tom filosófico, com a manchete de primeira página: "É hora de deixá-lo ir."

"A família deve liberá-lo para que Deus possa ter o seu próprio caminho. Eles devem liberá-lo espiritualmente e colocar sua fé nas mãos de Deus", disse ao jornal o amigo de longa data de Mandela na luta contra o apartheid Andrew Mlangeni.

O ex-presidente, que se afastou totalmente da vida pública há vários anos, continua venerado pelos sul-africanos por ter conseguido evitar uma explosão de violência racial na transição do regime segregacionista para a democracia, instaurada em 1994.

Esta transição valeu o Nobel da Paz em 1993, que compartilhou com o último presidente do apartheid, Frederik De Klerk.
O arcebispo Desmond Tutu, outra grande figura da luta contra o apartheid e também Prêmio Nobel da Paz, considera Mandela um "ícone mundial da reconciliação".

G1