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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Olho em João Pessoa

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publicado em 17/03/2014 às 16h39

Na casa dos 500 mil eleitores, a capital da Paraíba tem tudo pra decidir a eleição deste ano ao governo. Com uma Campina Grande – cidade que tem desequilibrado os últimos pleitos – oferecendo dois dos seus filhos e o equilíbrio de forças no Sertão, Brejo e Cariri, João Pessoa tende a virar a menina dos olhos dos candidatos.

Não por acaso, o governador Ricardo Coutinho mobiliza seu governo a agilizar e apressar as ações desenvolvidas na Capital. A gestão deve correr contra o tempo para entregar ao menos as reformas do Almeidão, da Vila Olímpica Ronaldo Marinho (Dede), do Lyceu Paraibano e do Espaço Cultural.

Berço político do líder sindical e aprovado ex-prefeito, a cidade deu, em 2010, 75 mil votos de maioria ao seu filho, Ricardo Coutinho. Uma votação que amorteceu e muito a folgada maioria do então governador José Maranhão nos municípios de pequeno porte, onde o peemedebista foi campeão disparado. É bom lembrar que, naquela época, o socialista estava no seu melhor momento entre os pessoenses.

Cássio sempre teve dificuldades de penetração no eleitorado pessoense, até quando era apoiado por Cícero Lucena em pleno mandato de prefeito. Em 2010, na campanha para o Senado, mesmo votado por Ricardo, perdeu por 7.975 votos para Vital do Rêgo, primeiro colocado na cidade. De lá pra cá, melhorou sua imagem na Capital e, aparentemente, superou as zonas de rejeição.

Se for votado e apoiado pelo PT do prefeito Luciano Cartaxo, Veneziano Vital não estará desvalido em João Pessoa e também brigará pela fatia do bolo. Afinal pode ser beneficiado pela máquina da Prefeitura, principalmente se os petistas emplacarem a vaga de senador com um nome do agrado e empenho de Cartaxo.

Caberá a Ricardo trabalhar pesado para desequilibrar a disputa no seu quartel general. No cenário atual, para Coutinho, ganhar em João Pessoa é mais do que uma questão de honra. É questão de matemática mesmo.
 

*Artigo publicado na coluna do jornalista na edição do dia 17/03/2014 (segunda-feira)

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