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NOVA ESTRUTURA

Após diplomação, Ricardo Coutinho anuncia fusão e corte de secretarias

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publicado em 17/12/2014 às 21h45

O governador reeleito Ricardo Coutinho (PSB) anunciou, no início da noite desta quarta-feira (17), após a solenidade de diplomação dos candidatos eleitos e reeleitos nas últimas eleições estaduais, durante solenidade no Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural, em João Pessoa (PB), que irá fundir secretárias e acabar com outras para enxugar a máquina pública estadual no seu próximo governo.

Ricardo revelou que irá convocar uma entrevista coletiva na próxima segunda-feira (22) para anunciar mudanças na estrutura organizacional do Estado.

“Segunda-feira que vem pretendo fazer uma coletiva para anunciar a estrutura do Estado e não os novos auxiliares. Vou fundir órgãos, acabar secretárias. Vou enxugar a nossa máquina, para tornar o estado mais ágil. É possível fazer isso”, afirmou.

Discurso

Já no seu discurso, durante a diplomação, Ricardo destacou as dificuldades enfrentadas durante a campanha, que, segundo ele, foi uma das mais pobres da história política da Paraíba. “Tive que subir em carroceria de caminhão. Quando chegava às cidades não tinha sequer material de campanha, só tinha cartazes do candidato da oposição, mas graças Deus a população entendeu minha proposta e saímos vitoriosos do pleito”, disse.

“Esse é um dia muito especial para mim, nestes vinte anos de militância tive a honra de voltar a subir em carroceria de caminhão. Na essência, quando a gente entra numa caminhada como essa, muitas vezes profundamente desigual, a gente sabe que só com a paixão de muita gente numa proposta. Quero agradecer a minha militância, que transformou um sonho em realidade, o impossível nessa realização”, acrescentou.

Ricardo também criticou o processo de ‘judicialização’ das eleições, o sistema eleitoral vigente no Brasil e cobrou a participação popular nas discussões em torno do projeto de reforma política.

“Nós que fazemos política precisamos colocar esse tema na mesa. Todos sabem como é difícil uma disputa. Esse modelo está falido. Esgotou. É preciso reoxigenar a democracia representativa, a democracia que nos traz aqui, a democracia que tem capacidade de fazer o povo a ter melhores condições. A política é a grande ponte entre a necessidade e a realização do sonho, estamos perdendo terreno ao longo dos anos. Estamos tendo eleições cada vez mais judicializadas. A política está deixando de ser a arte, não me refiro a Paraíba, que viveu um pleito tranqüilo, com naturalidade, mas sim a todo o Brasil”, afirmou.
 

Cristiano Teixeira – MaisPB

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