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Atletas conquistam 28 medalhas em competição de jiu-jitsu

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publicado em 19/02/2019 às 10h45

Transformação social de jovens e adolescentes por meio do esporte. Atletas do projeto Arte de Viver, desenvolvido pelo Centro de Referência da Cidadania (CRC) do Cristo Redentor, da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), comemoram os resultados positivos alcançados no Grand Slam Nordeste de JiuJitsu, disputado no último final de semana em Natal (RN). Na bagagem, 28 medalhas e inúmeros exemplos de superação.

Funcionando há pouco mais de dois anos, o projeto atende 32 alunos com idades a partir de seis anos. O perfil é de crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social do bairro do Cristo, Rangel e arredores. O objetivo é usar o jiujitsu como ferramenta de transformação social, aproximando os jovens do tatame à sociedade, fazendo com que sejam medalhistas no esporte e campeões de cidadania.

O professor Hilton Francisco da Silva, que também é atleta, destaca a importância do projeto na vida dos jovens. “Acreditamos na transformação, no papel do esporte nesse processo. Um carvão pode virar um diamante, basta dedicação. Temos crianças e jovens que chegaram aqui com histórico de indisciplina, muito por conta do convívio social, e nós conseguimos mudar essa condição. O jiujitsu prega educação, disciplina e espírito esportivo, e o projeto segue à risca esses ensinamentos”.

Entre os atletas está Gilvânia Mota, de 14 anos. Ela conta que começou a praticar jiujitsu há um ano, depois que perdeu a mãe. No início, o esporte foi refúgio para lidar com o trauma familiar, mas agora, com as conquistas já alcançadas, o objetivo é seguir carreira como atleta. “Significa muito pra mim, pelo lugar que ocupou na minha vida depois que eu perdi a minha mãe, e porque disciplina educa. Quero continuar praticando, mudar de faixa e evoluir no esporte”, disse a atleta que ficou com a medalha de ouro no Grand Slam Nordeste de Natal.

As aulas no projeto Arte de Viver acontecem três vezes por semana – terças, quartas e sextas, das 14 às 17h. Gabriel Almeida, de 21 anos, é outro que considera o projeto essencial na sua vida. Ele diz que se tornou um jovem melhor, mais feliz e focado nos seus objetivos depois que começou a praticar jiujitsu. “Aqui é minha segunda família. Aprendi várias coisas, tanto no esporte, quanto pra minha vida, ser um homem”, contou Gabriel, que conquistou medalha de prata na competição.

Em Natal, os alunos do projeto Arte de Viver conquistaram 28 medalhas – sendo três de ouro, 11 de prata e 14 de bronze. Em âmbito estadual, o projeto também coleciona resultados positivos, com mais de 15 medalhas conquistadas nas últimas competições. Antônio Clarante Diniz, um dos coordenadores do Centro de Referência da Cidadania (CRC) do Cristo, disse que qualquer pessoa pode se matricular em alguma das atividades desenvolvidas pelo Centro, o critério é estar matriculado em alguma escola, no entanto, pessoas em situação de vulnerabilidade social são prioritárias.

“Temos dois professores para o jiujitsu que oferecem todas as instruções para os jovens. Para o Centro de Referência da Cidadania do Cristo foi uma grande vitória a participação no Grand Slam Nordeste de Natal, mas o importante mesmo foi ter participado, inserir esses jovens no esporte, e oferecer cidadania”, afirmou.

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