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Bolsonaro cancela entrevista em Davos

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publicado em 23/01/2019 às 14h23
Foto:Agência Globo

Em uma atitude que gerou constrangimento e perplexidade na organização do Fórum Econômico Mundial, o presidente Jair Bolsonaro e três ministros faltaram, sem aviso prévio, a uma entrevista coletiva à imprensa internacional organizada pelo evento em Davos.

Minutos antes do início da entrevista, havia corre-corre entre funcionários da organização para saber se e quem viria. Um contato com a imprensa – ora descrito como coletiva, ora como declaração – estava previsto desde a semana passada e foi anunciada nesta quarta-feira como uma das programações mais importantes no “Issue Briefing Room” de Davos.

Além de Bolsonaro, três ministros tinham suas placas de identificação ostentadas na sala: Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Pessoas que participaram do fórum dizem jamais ter visto uma situação semelhante.

“É normal que haja alterações de horário, que um ou outro ministro seja incluído ou excluído na entrevista, mas não sumirem todos”, afirmou um funcionário da organização, com visível consternação.

Segundo o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, o cancelamento se deveu à agenda, que estava muito pesada. Ele afirmou que Bolsonaro não foi à entrevista porque precisava descansar, nada além disso.

A informação sobre o cancelamento da entrevista surpreendeu os próprios organizadores do Fórum, que foram informados pela imprensa que Bolsonaro não iria ao compromisso.

Cerca de 40 minutos antes do horário marcado (16h na Suíça e 13h no horário de Brasília), a assessoria do Palácio do Planalto mandou uma nova versão da agenda presidencial sem a coletiva. Mesmo assim, a maioria dos funcionários do fórum não sabia de nada.

Globo

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