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VIOLÊNCIA

Nota zero em trabalho faz menina ser agredida em escola particular

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publicado em 02/10/2013 às 11h45

Uma adolescente de 14 anos foi agredida por uma colega, na tarde desta terça-feira (2), dentro de uma escola particular, em Santos, no litoral de São Paulo. O rosto da menina ficou com as marcas da briga, que começou por causa de uma nota zero em um trabalho escolar.

A briga começou por causa de uma atividade proposta por uma professora. Segundo a empresária Vanessa Ribeira Salles Sabino, mãe da jovem agredida, a filha teria feito um trabalho escolar e colocado também o nome de outras alunas. A professora descobriu que a atividade só tinha sido feita por uma das estudantes e, por isso, decidiu dar zero para as alunas que não realizaram a tarefa.

Depois desse dia, Vanessa foi até a escola para conversar com a coordenadora pedagógica sobre o caso, já que a filha estaria, segundo ela, sendo ameaçada pelas outras colegas. De acordo com Vanessa, a coordenadora afirmou que resolveria o problema. Mas, no dia seguinte, a jovem foi agredida pelas outras estudantes. “Quando eu cheguei lá, o rosto da minha filha estava totalmente desfigurado”, conta a mãe da adolescente.

A menina conta que saiu da sala da coordenadora junto com as outras integrantes do grupo. Quando chegaram no pátio da escola, uma delas começou a perguntar o motivo pelo qual a adolescente tinha contado que fez a atividade sozinha. A menina disse que falou para a mãe o que tinha acontecido e que não queria discutir já que o problema estava resolvido. “Ela ficou na minha frente e começou a me peitar. Eu peguei o cabelo dela e a gente foi para o chão. Ela veio para cima de mim, começou a me arranhar. Vieram separar a gente. Levantamos, quando eles estavam separando, ela me deu um chute e eu dei um chute nela. Levaram ela para a sala da coordenadora”, conta a menina.

Segundo a estudante, a briga chegou a durar mais de 10 minutos e outros alunos ficaram assistindo a confusão e não fizeram nada. “Duas outras meninas que eram do grupo e outros três meninos ficaram olhando. Durou mais de 10 minutos. Não tinha ninguém e depois veio mais gente”, afirma a jovem. Ela diz que não quer mais voltar a estudar na escola.

A mãe da menina diz que faltou atenção da escola. “A partir do momento que uma menor entra do portão para dentro a responsabilidade é da escola. Não quero saber. Cadê o supervisor, o inspetor, porque se ela apanhou desse jeito foi mais de 15 minutos. Eu quero que a escola se retrate”, fala Vanessa. Ela também reclama da coordenadora pedagógica e diz que falou que a instituição deveria ter tomado mais providências devido ao tamanho da agressão. “Ela (coordenadora) falou que ia dar uma suspensão para a aluna. Quer dizer que ela vai voltar a bater em mais alguém”, afirma. Segundo Vanessa, a escola não quis passar o nome dos pais da menina que agrediu a sua filha.

A menina foi encaminhada para o Pronto Socorro para receber tratamento médico e também foi até a delegacia fazer um boletim de ocorrência, acompanhada da mãe. Ela está tomando antibióticos e colocando pomada nos ferimentos. “Ela passou a noite em claro, não conseguiu dormir, está toda dolorida”, diz a mãe da menina. Segundo Vanessa, a menina também passou por um cirurgião plástico e ainda não se sabe se a estudante ficará com as cicatrizes da agressão. Na manhã desta quarta-feira (2), ela foi fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Santos (IML). De acordo com a mãe da menina, a advogada da família também está cuidando do caso.

O G1 entrou em contato com o colégio mas, até o fechamento desta reportagem, não recebeu nenhuma resposta.

G1

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