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Bancários rejeitam proposta da Fenaban e greve continua

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publicado em 04/10/2013 às 19h38

 O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a nova proposta apresentada pela Fenaban (sindicato patronal) nesta sexta-feira (4), de reajuste salarial de 7,1%, ou seja, aproximadamente 1% de aumento real, afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (confederação nacional dos bancários) e coordenador do comando.

A oferta foi feita nesta tarde aos representantes da categoria, em reunião marcada pela própria Fenaban um dia após os representantes do comércio pressionarem a federação a entrar em acordo com a categoria. Segundo a CNDL (confederação dos lojistas), o setor pode registrar perdas de até 30% se a greve se prolongar até o quinto dia útil do mês.

Foi a primeira oferta desde o início da greve, no dia 19 de setembro. A paralisação completa hoje 16 dias.

Após reunião das lideranças sindicais, para discutir a oferta, foi decidido pela rejeição. "Estamos rejeitando essa proposta pois ela não contempla os principais itens da categoria, não só os econômicos, mas também os sociais.", diz Cordeiro. A categoria pede 11,93% de correção (5% de aumento real).

Segundo o presidente da entidade, não houve nenhum avanço em relação à alta rotatividade no setor, "os bancos demitem quem ganha mais e contrata novos funcionários pagando menos", diz. Além disso, não houve proposta em relação às metas abusivas e à segurança dos funcionários.

"Não tem avanço na questão do emprego, não tem avanço na questão do trabalho e segurança, nós estamos indicando a rejeição da proposta e a ampliação da nossa greve".

Em relação à PLR (Participação nos Lucros e Resultado), ficou mantida a fórmula praticada atualmente. Os bancos oferecem correção dos valores fixos e de tetos em 10%, que, segundo Cordeiro, na prática não muda nada para os trabalhadores.

Cordeiro explicou que, ainda hoje, enviará à Fenaban comunicado oficial para avisar que "o comando está rejeitando a proposta e orientando as nossas assembleias a rejeitaram também.".

"Esperamos que a Fenaban chame uma outra negociação e apresente nova proposta, mais condizente com as reivindicações dos trabalhadores", disse Cordeiro.

Agora, a greve deve continuar na segunda-feira, até que os bancos apresentem nova oferta.

Procurada, a Fenaban não comentou a rejeição imediatamente.

ASSEMBLEIAS – O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, é uma representação dos sindicatos, com aproximadamente 124 sindicatos de bancários no país.

Após a rejeição da proposta pelo comando, as lideranças vão se reunir com os trabalhadores em assembleias e informar que a direção do movimento está defendendo a rejeição do que a Fenaban propôs.

"Estamos pedindo para os trabalhadores referendar a posição que os dirigentes tomaram". "A rejeição é uma posição do comando, que deverá ser referendada nas assembleias", diz Cordeiro.

Folha

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