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São Paulo usa recursos próprios na contratação de Pablo

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publicado em 18/12/2018 às 20h53
Pablo comemora gol contra o Junior Barranquilla — Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O São Paulo venceu uma corrida contra Palmeiras e Flamengo para contratar o atacante Pablo, do Athletico, que terminou o ano como campeão e artilheiro da Copa Sul-Americana. O negócio foi fechado em 7 milhões de euros (R$ 31 milhões) por 70% dos direitos do jogador de 26 anos. Os demais 30% vão ficar com o clube do Paraná.

O alto valor e o fato de o São Paulo ter deixado para trás os dois clubes mais ricos do Brasil trouxeram à tona dúvidas sobre quem havia bancado a operação. O grupo Doyen, que financiou as contrataçõs de Marcelo Cirino pelo Flamengo e Leandro Damião pelo Santos, foi citado como um possível parceiro do São Paulo no negócio.

Mas o São Paulo comprou Pablo com recursos próprios. No ano passado, o clube bateu recorde de arrecadação – R$ 469 milhões, um aumento de 24% em relação ao anterior, segundo análise das contas do time feita pelo Itaú/BBA.

Em setembro de 2014, a Fifa anunciou a proibição que investidores fossem donos de direitos econômicos de jogadores. Desde então, apenas clubes poderiam comprar e vender atletas. Há empresas e agentes que buscam maneiras de burlar as regras da Fifa. Têm sido cada vez mais frequentes as punições a clubes que desrespeitam essa proibição.

A Doyen não tem mais representação no Brasil. É o que diz o empresário Renato Duprat, que atuou como o homem da empresa no país durante nas negociações com o Santos e o Flamengo. Mesmo no exterior, a Doyen está desarticulada.

Quem conhece de perto a maneira como a Doyen atuava também diz que a contratação de Pablo não combina com o padrão da empresa: cada negociação era analisada por meses, com várias pessoas opinando até que uma decisão finalmente fosse tomada.

A negociação foi resolvida rapidamente. A primeira oferta tricolor foi no valor de 5 milhões de euros (R$ 22,1 milhões), que foi rapidamente recusada pelo Athletico. O São Paulo finalmente topou subir o valor e deixar uma fatia de 30% dos direitos com o time paranaense.

A presença de Raí à frente da negociação também teria sido decisiva para o desfecho, segundo pessoas que participaram das conversas. Nas últimas semanas, Pablo também deixou claro para os dirigentes do Athletico que preferia jogar no São Paulo, com quem deve assinar um contrato de quatro anos.

Globo Esporte

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