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Após bi, Medina quer mais: ‘Meu sonho é ser tricampeão mundial’

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publicado em 18/12/2018 às 09h05
atualizado em 18/12/2018 às 06h06
(Foto: WSL/Cestari)

Desde que começou a competir, Gabriel Medina sempre teve um sonho: ser tricampeão mundial de surfe. Uma marca que ficou mais próxima depois de conquistar nesta segunda-feira o segundo título, em Pipeline, no Havaí. Com apenas 24 anos, o brasileiro igualou a marca de duas lendas que surfam como ele: com o pé direito na frente. São os “Goofys”.

Os australianos Tom Carroll (1983 e 84) e Damien Hardman (1988 e 91) foram os únicos “Goofys” a conquistar o bicampeonato mundial. Se Medina chegar ao terceiro título nos próximos anos, ele será considerado o maior “Goofy” de todos os tempos.

– Eu tenho a consciência de que ser Goofy no circuito com as ondas que têm hoje é diferente. É mais trabalho. Por estar surfando de costas para a onda, é mais difícil. Para você ser um Goofy campeão mundial nas ondas que têm hoje no circuito, realmente você surfa bem. Essa é a sensação. Eu cresci tendo como ídolos caras como o Mick Fanning e Andy Irons, que são surfistas regulares. Por isso, meu sonho é ser tricampeão mundial igual a eles. Se o terceiro título vier, vai ser muito importante – explicou Medina.

Depois de bater na trave nas últimas três temporadas, após a primeira conquista, em 2014, algumas coisas foram questionadas sobre a carreira de Medina. Como a necessidade de testar pranchas diferentes e até de trocar de técnico. Medina não deu ouvidos, bancou o seu pai/padrasto Charles Saldanha, com quem deu os primeiros passos na carreira, quando tinha 9 anos de idade.

– Eu e meu pai, ele sempre foi um parceirão para mim. Independentemente do que estavam falando sobre ele como técnico, do que estava acontecendo, ele sempre esteve ao meu lado. Sempre me ajudou. E essa ligação que a gente tem de pai e filho, eu com certeza não vou ter com ninguém. A gente se entende no olhar, me sinto bem competindo com ele ali. Eu gosto de ele estar ali só me assistindo. É uma relação que foi feita durante anos, já deu certo, está dando certo e eu confio muito nele. Ele confia mais em mim. Isso me deixa forte para as etapas. Sou abençoado por ter um pai como ele. É um pai que a vida me deu. Tudo que eu sou hoje, grande parte, foi ele quem ajudou.

Com o bicampeonato recém conquistado, Medina já está de olho no ano que vem. Além da busca pelo tri, o brasileiro quer a vaga nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020. Os dois primeiros surfistas de cada país que ficarem entre os 10 primeiros do ranking mundial terão a classificação assegurada para o Japão.

– As Olimpíadas vão ser demais. Na verdade, a gente sempre assistiu por fora. O surfe já deveria estar incluso nas Olimpíadas, mas finalmente a gente vai estar lá. Seria, não (risos)! Vai ser uma honra representar o Brasil no Japão. As Olimpíadas vão ter o mesmo peso do circuito mundial. Os melhores do mundo, a gente vai estar representando o nosso país, então vai ser um momento muito importante paro surfe brasileiro.

Globo Esporte

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