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A indignação de Bruno Sakaue

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publicado em 21/08/2014 às 15h08

 É por todos reconhecida a seriedade e competência do jornalismo da TV Cabo Branco, como constatada em qualquer de seus telejornais e como ocorre em outros veículos de comunicação daqui da Paraíba. Coaduna-se com o que propugna, ou seja, o compromisso ético e responsável para fazer um jornalismo com seriedade e respeito.

O cumprimento desse compromisso só é possível quando, como é o caso, os próprios profissionais desempenham suas funções investidos da própria verdade, o que quer dizer permitindo-se manifestar o próprio sentimento diante da notícia que transmitem.

Um exemplo dessa verdade e desse sentimento fez-se evidente na quarta-feira, dia 20 de agosto, quando do telejornal “JPB – 1ª Edição” e seu apresentador, Bruno Sakaue, expressou sua indignação imediatamente após a reportagem que tinha sido exibida sobre reclamações manifestadas por pessoas idosas em relação ao transporte coletivo urbano de João Pessoa.

Essa indignação veio carregada pela própria emoção da qual o apresentador não conseguiu disfarçar, isto em face ao tratamento inadequado, ali relatado, que ocorreria por parte de alguns motoristas para com os idosos. E disse Bruno Sakaue, obviamente se reportando às declarações que déramos de que é importante que esses desvirtuamentos sejam identificados mediante o número de ordem ou placa do veículo, a data e hora da ocorrência, tendo em vista que são realizadas cerca de 4.800 viagens/dia com os 468 ônibus em circulação, envolvendo mais de mil motoristas: “Números que fazem, não a gente discordar, mas questionar o levantamento feito já que há essa comparação… Poderiam ser 100 mil viagens por dia… Se em uma só viagem um idoso se machuca, é lastimável!” (Bruno, “no ar”, pedindo desculpas, confessou que ficou nervoso).

É merecedora de elogio a indignação manifestada por Bruno Sakaue. E a ela nós todos – incluindo os empresários do transporte coletivo urbano – nos solidarizamos. No entanto, essa manifestação, relacionando-se aos números por ele referidos, deu-nos a idéia de que Bruno não compreendeu o porquê de os externarmos. Nosso objetivo é o de que não fique a idéia de que todos os motoristas agem sem o devido respeito aos idosos. Estes fatos, lastimáveis, são em menor número, bem menor mesmo, do que fica impregnado em cada pessoa. Na própria reportagem, na parte “ao vivo”, em que a jornalista Larissa Pereira perguntou, dentro do ônibus, a dona Lúcia se os motoristas abriam a porte do meio para atendê-la, ela respondeu: “Alguns não abrem” (alguns!). Uma outra passageira também respondeu: “Só pego motorista bacana!”. Mais um outro passageiro, em face da pergunta “o que fazer?”, foi enfático: “Uma campanha para a sociedade, porque a culpa é da sociedade… quando abre-se essa porta (a porta do meio), quem não quer pagar a passagem, invade!”.

Essa reportagem, aqui referida, sem dúvida é de valiosa contribuição para que as empresas de transporte coletivo não só continuem empenhadas no treinamento de seus profissionais, como ainda mais o intensifique, em respeito a todos os passageiros, mas sobretudo às pessoas idosas e de necessidades especiais.

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