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MORTES EM ALHANDRA

Governador promete punição a executores

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publicado em 09/12/2018 às 18h19
atualizado em 10/12/2018 às 03h57
Divulgação

O governador Ricardo Coutinho (PSB) afirmou, na tarde deste domingo (09), durante o velório do integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra da Paraíba (MST-PB), José Bernardo da Silva, assassinado, na noite do último sábado (08), em Alhandra, que irá até as últimas consequências para punir os mandantes e os executores dos dois trabalhadores sem-terra.

“Vamos punir não apenas o executor, mas quem mandou matar. Se a gente não punir, a porta estará aberta para muitos e muitos outros casos porque isso voltaria a ser uma rotina ou voltará a ser uma rotina nesse país”, disse.

Durante seu discurso para militantes, familiares e amigos da vítima, o governador criticou a criminalização dos movimentos sociais e ondas fascistas espalhadas pelo país. Ricardo também pediu que a população colaborasse com as investigações e que não tivessem medo de comunicar a menor das informações.

“Quero a mesma rapidez que foi dada a Lula”

A senadora e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, cobrou as instituições da justiça o mesmo empenho dado para condenar o ex-presidente Lula para apuração do caso dos trabalhadores do MST.

“Lula está preso lá em Curitiba. Acusado de um monte de crime e aí todo mundo investiga rápido, todo mundo processa rápido, todo mundo faz rápido quando se trata de Lula. Quero saber quanto a esse companheiro: quanto tempo nós vamos levar para que a justiça realmente seja feita no Brasil?”, disse.

Até o final da tarde deste domingo, ninguém foi preso.

Entenda o caso

Dois homens foram assassinados na noite deste sábado (09), por volta das 19h30, por três homens armados, enquanto jantavam no acampamento Dom José Maria Pires, em Alhandra.

Ao Portal MaisPB, a delegada Lígia Veloso informou que três homens invadiram o acampamento e foram até o local onde estavam José Bernado da Silva, 46 anos, e Rodrigo Celestino, de 38 anos, e efetuaram três disparos em cada uma das vítimas com uma arma de fogo calibre 12 e mais dois revólveres.

Uma das linhas de investigação da PM é de execução, já que nada foi levado do acampamento, inclusive, uma quantia de mais de R$ 2.700 reais que uma das vitimas portava.

Após o assassinato, os suspeitos assaltaram uma residência próximo ao acampamento e além de celulares e outros pertences de algumas vitimas levaram um caminhão. Porém, avisaram ao proprietário do veículo onde deixariam o caminhão para que ele pudesse ser resgatado.

Anderson Eliziário – MaisPB

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