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Os ônibus e outras questões da mobilidade urbana

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publicado em 26/08/2014 às 06h01

Programáramo-nos escrever só sobre a reportagem que saíra no Correio da Paraíba dia 22, sobre os “pontos de ônibus sem abrigos”. E assim pensáramos para lastimar que o Governo Federal não tenha tirado uma partezinha “quase de nada” dos tantos bilhões de reais do PAC da Mobilidade Urbana (em relação ao qual se diz existir muito saldo por falta de projetos) e direcioná-la especificamente para esse fim: bem qualificar os milhares de pontos de ônibus “Brasil afora” e dar proteção (referente à chuva e ao sol) aos milhões de passageiros do transporte coletivo urbano.

Se em João Pessoa existem 1.850 pontos de ônibus urbanos, no país esse número chega aos 400 mil. Para bem qualificar 400 mil pontos de ônibus, à base de R$ 5 mil, o PAC Mobilidade Urbana não comprometeria mais do que R$ 2 bilhões e com apenas R$ 10 milhões nossa cidade resolveria o quadro de seus 1.850 pontos de ônibus, “bem os qualificando”!

Mas, neste domingo 24 de agosto, logo cedo, um programa televisivo trouxe à tona os problemas da mobilidade urbana de Campina Grande (e também, com menos tempo, de João Pessoa), tendo destacado, em certo momento da reportagem, que esta questão torna-se pior para as pessoas de necessidades especiais que precisam de ônibus com elevadores e mostrando uma passageira que, ao pretender ter acesso ao veículo, depara-se com aquele equipamento sem funcionar!

Meia hora depois, saindo do bairro do Bessa, dirigimo-nos ao centro da capital paraibana via avenida Epitácio Pessoa desde seu início (imediações da avenida Infante Dom Henrique). E no ponto de ônibus desse início da Epitácio Pessoa encontravam-se dois cadeirantes… Paramos nosso veículo e ficamos, por trás do ônibus (o 07108), observando qual o resultado do embarque daquele passageiro especial: o elevador funcionou regularmente e o passageiro cadeirante embarcou. Mas, chamou-nos a atenção o porquê do segundo cadeirante não haver também embarcado naquele mesmo ônibus (será que pretendia o ônibus de uma outra linha?… ou queria testar se em outros veículos o elevador funcionava normalmente?). Resolvemos, lá pelas imediações da avenida Tito Silva, fazer o retorno e voltar até aquele mesmíssimo ponto de ônibus para ver como estaria o segundo cadeirante. E ele também acabara de embarcar… normalmente… utilizando-se do elevador do ônibus que pretendia e que, tal como o do veículo anterior, funcionou regularmente; Este fato, porém, este da normalidade do funcionamento do elevador (nos ônibus) para cadeirantes, a ninguém motiva registrar, muito menos elogiar!… E vale aqui o registro de que em João Pessoa mais de 70% da frota do transporte coletivo urbano está dotada dos equipamentos de acessibilidade, mesmo que as viagens de cadeirantes nunca tenham ultrapassado o quantitativo de 120 vezes durante todo um mês! Durante todo um mês – repetimos!.
 

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