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Isabella Santoni cria projeto com namorado para limpar praias

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publicado em 18/11/2018 às 13h01
atualizado em 19/11/2018 às 06h59

Um grupo de apaixonados pelas praias trabalhando para deixar o Rio ainda melhor. Essa é a ideia do Pegada do Bem, projeto criado pela atriz Isabella Fontani e o surfista Caio Vaz. Juntos, eles já organizaram dois mutirões de limpeza, e não vão parar por aí. O primeiro foi em São Conrado e o segundo, na Barra da Tijuca. O casal é personagem deste domingo da série Extraordinários, que conta a história de pessoas que se dedicam a melhorar a vida dos outros.

— O que mais me assustou nesses dias foi a quantidade absurda de microlixo que apareceu quando passamos a peneira na areia. Até cápsulas de cocaína encontramos — conta a jovem, que nasceu em Nilópolis, na Baixada Fluminense, estudou em escola pública e explodiu na TV como protagonista de “Malhação Sonhos”, em 2014.

Isabella e o namorado, que botam a mão na massa, reuniram mais de 350 pessoas na segunda edição do mutirão (em um sábado, às 7h), realizado no último dia 3. Junta, a turma recolheu mais de quatro mil bitucas de cigarro, 2.720 canudinhos de plástico, 1.476 copos descartáveis, 152 pinos de cocaína, além de garrafas PET, pedaços de metal e tampinhas de garrafa.

— Eu sonho que, no futuro, a gente não precise mais de mutirões de limpeza. E que a sociedade consiga criar uma consciência coletiva em que cada um seja responsável pelo seu próprio lixo — diz a atriz.

O próximo evento do Pegada do Bem será uma travessia de stand-up paddle de Grumari a praias selvagens da Zona Oeste, como a do Diabo, a do Meio e a do Perigoso. Essas orlas são pouco visitadas, mas recebem muito lixo que está no mar por causa da sua posição geográfica.

Depois do mutirão de limpeza, o Pegada do Bem também realiza uma triagem do lixo com profissionais de cooperativas de Gramacho, em Duque de Caxias, e conversas sobre o que fazer com o material recolhido. Para Caio, esse momento é até mais importante do que a realização da limpeza.

— Limpar a praia é quase simbólico. A gente sabe que não vai acabar com todo o lixo. Mas o legal do projeto é o movimento de passar informação — conta o surfista. — A gente aprende soluções para consumir menos plástico e para destinar o lixo nos lugares corretos. Eu não sou nenhum expert no assunto. Estou aprendendo com todo mundo no Pegadas do Bem.

O projeto é realizado pelo casal em parceria com instituições como Seu Lixo Meu, Capim Selo Verde, Salve São Conrado e Surf Stone House.

— Amo surfar e estou sempre na praia por conta disso. O lixo me desconecta dessa ligação com a natureza. Senti a necessidade de fazer algo, essa questão me incomoda muito. Vejo que nós não temos consciência do que consumimos, do que geramos e descartamos. O objetivo do Pegada do Bem é despertar a consciência ambiental nas pessoas, gerando a experiência da coleta, dando informação e alternativas — diz Santoni.

Extra Online

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