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Museu sedia evento de dança e música pop coreana neste sábado

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publicado em 17/11/2018 às 15h15

Neste sábado (17), das 14h às 17h, o Museu de Arte Popular da Paraíba, que tem como mantenedora a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), receberá o 2º KSOUL. A iniciativa, composta por dança e música pop coreana (K-pop), é totalmente aberta ao público, mas a comissão organizadora sugere que os participantes levem um quilo de alimento não perecível.

A ideia do evento é promover o K-pop, por meio de um momento que proporcione diversão e interação entre os jovens que se identificam com tal estilo. A programação envolve abertura e boas vindas, apresentação de coreografias, intervalo e encerramento. A previsão é que 13 grupos integram o 2º KSOUL, que também terá vários “random”. Os chamados “Random Kpop Dance” são vídeos com várias músicas aleatórias do gênero em que, quando tocam o refrão delas, os participantes devem fazer as respectivas coreografias indicadas.

O evento é organizado por um grupo de amigos (Edna Paula, Débora, Kelly, Matheus, Carlos, Eduarda e Lívia), com idades entre 14 e 17 anos, que admira a cultura coreana. “Em 2017, eles efetivaram a primeira edição do KSOUL, aqui na cidade, com a participação de cinco grupos de coreografia. Mesmo com toda informalidade, conseguiram atrair um público de aproximadamente 50 jovens. Para 2018, as expectativas são bem maiores, pois teremos o apoio da UEPB e vários grupos confirmados”, explicou a psicóloga Paula Andrade, uma das responsáveis por acompanhar e coordenar toda a gestão da iniciativa, junto aos adolescentes. Ela acrescentou que os alimentos arrecadados serão posteriormente entregues a uma instituição que apoie os mais necessitados.

Outras informações podem ser adquiridas por meio do telefone (83) 99646-2720 e da rede social Instagram, no endereço @ksoulcg.

 O fenômeno K-pop

Muito se fala sobre o hit sul-coreano “Gangnam Style”, de PSY, que estourou em 2012 e foi o primeiro vídeo no YouTube a alcançar a marca de 1 bilhão de visualizações (hoje tem mais de 3 bilhões), mas a história do K-pop começou em 1992 com a apresentação de uma banda chamada Seo Taiji and Boys. Devido ao processo de modernização do país e redução na censura, as redes de televisão passaram a levar ao público músicas novas em shows de talentos.

Acerca da primeira banda de k-Pop, reza a lenda que no dia 11 de abril de 1992, Seo Taiji and Boys foi a um dos shows de talento apresentar o single “Nan Arayo (I Know)”. Com um ritmo que misturava o pop norte-americano moderno e a cultura sul coreana, a letra falava sobre angústias de adolescentes e a pressão da sociedade no que trata da ascensão financeira.  Eles não só não ganharam o show de talentos, como foram eleitos a pior banda da noite. O público discordou. Em pouco tempo, a música foi para o topo das paradas, onde permaneceu por um recorde de 17 semanas.

Mais tarde, observando a seara rentável que nascia, um empresário criou um grupo chamado H.O.T, treinando cinco cantores e dançarinos para se transformarem naquilo que ele acreditava que os jovens queriam ver em um grupo de pop. A proposta deu tão certo que o incentivo ao K-pop praticamente se tornou uma política de governo, com uma parcela do orçamento dedicada a montar esses grupos, que são feitos sob medida para o sucesso em competições bastante concorridas. Os grupos costumam ser compostos por cinco membros, cada um com um papel bem definido (o cantor, o engraçado, o que dança melhor) e nomes curtos, para facilitar a compreensão em outras línguas. Estima-se que a indústria criada pelo gênero movimente cerca de US$ 5 bilhões e, no Brasil, hoje, há até “dicionários k-pop” com a intenção de desvendar esse mundo para quem nele está iniciando.

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