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Exército chileno remove 21 generais após escândalo

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publicado em 10/11/2018 às 14h02
AFP / CLAUDIO REYES

O Exército do Chile removeu nesta sexta-feira 21 generais, em uma profunda renovação do alto comando da instituição, abalada por um escândalo de apropriação indébita envolvendo dezenas de oficiais.

O afastamento dos generais se deu sob diversas formas, como renúncia voluntária, passagem à reserva e adequação às necessidades institucionais, explicou o Exército em um comunicado.

No total, 45% dos altos oficiais foram afastados e substituídos, destacou o Exército.

O afastamento dos 21 generais, a maioria em idade para permanecer na ativa por mais vários anos, ocorre semanas após a justiça militar decretar a prisão preventiva do vice-comandante do Exército, general John Griffiths.

Griffiths, no momento em liberdade sob fiança, foi derrubado pelo chamado “Milicogate”, uma investigação que revelou uma rede de militares e civis envolvidos em apropriação indébita de fundos milionários procedentes da lei que reserva às Forças Armadas 10% do valor das vendas da estatal do cobre Codelco.

O general foi indiciado por orquestrar manobras com dinheiro público a seu favor e para outros oficiais, incluindo alguns dos generais removidos, segundo a imprensa local.

– Recuperar a confiança –

Na tarde desta sexta-feira, o ministro da Defesa, Alberto Espina, esclareceu que “seria incorreto e injusto deduzir que todos os generais que passaram à reserva estão envolvidos em fatos investigados pela justiça”.

Mas Espina admitiu que um dos motivos da onda de remoções poderia ser a investigação que tenta limpar o Exército de práticas fraudulentas, como a compra de passagens em agências de viagens por preços superfaturados.

As agências de viagens investigadas pertenceriam a familiares dos militares.

Ao escândalo de corrupção no Exército se somam múltiplos casos de fraude nos Carabineiros – a polícia militarizada – que levaram à exoneração de dezenas de membros desta instituição.

No total, mais de 40 milhões de dólares foram desviados para contas particulares de policiais e civis desde 2006, segundo uma investigação.

AFP

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