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Veja como deve ser o Gol 2016, o maior segredo da VW no Brasil

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publicado em 02/01/2015 às 10h39

Após divulgarmos em primeira mão as maquetes em argila do novo Gol 2016, agora CARPLACE apresenta as projeções mais confiáveis do modelo até então. De posse das fotos do modelo em clay, tiradas num canto da Ala 17 da fábrica da Volkswagen na Anchieta (SP), coube ao designer digital Du Oliveira nos mostrar como ficará a próxima geração do campeão de vendas.

O resultado, como você pode ver nestas projeções exclusivas, é um legítimo compacto VW de nova geração. Linhas sóbrias, sérias e duradouras, com leve toque de esportividade. Traços retilíneos dominam a carroceria, com destaque para o vinco profundo que nasce nas caixas de roda dianteiras e atravessa toda a lateral e a traseira, até mesmo no interior das lanternas. É algo semelhante ao que vemos no atual Gol, embora modernizado e reforçado. Como costuma acontecer na VW, o design do Gol será uma evolução e não uma revolução: o hatch vai aproveitar elementos do carro de hoje e também do Golf, além do primo Polo (o europeu, não o nosso de gerações atrás).

A dianteira será a parte mais marcante do próximo Gol. Ela incorporará a n0va filosofia de estilo do Grupo VW, com o desenho da grade se integrando aos faróis, sendo que estes também serão finamente trabalhados na parte interna (ao menos nas versões mais caras). Na parte inferior chama atenção um nicho estreito logo acima dos faróis de neblina. É onde ficará um feixe de LED’s para iluminação diurna, tecnologia cada vez mais presente nos novos projetos e que também vai pintar no Gol – novamente com prioridade para as versões de topo.

Nas laterais há uma mistura de Golf (as janelinhas à frente da porta dianteira) e Polo europeu (pela janela vigia traseira). Apesar disso, a coluna “C” será larga como manda a cartilha da Volks, para dar ideia de robustez. Rodas serão de aro 14, 15 ou 16, dependendo da versão. Como no atual Gol, o vinco lateral ficará um pouco acima da linha das maçanetas. Atrás, as lanternas permanecerão nas extremidades da carroceria e sem invadir a tampa do porta-malas, mas serão um pouco maiores que as atuais. A placa permanecerá no para-choque, bem como os refletores. Na parte superior haverá uma espécie de aerofólio embutido, que incluirá também a terceira luz de freio (break-light).

O porte ficará ligeiramente maior que o do Gol atual (mas sem superar os 4 metros de comprimento), na medida para enfrentar os “crescidinhos” Chevrolet Onix e Ford Ka. Ao verem as imagens do clay, alguns leitores questionaram se não seria a nova geração do Fox. Não é. Pelo que investigamos, o novo Fox será mais alto e menos esportivo, lembrando o Golf Plus europeu (versão familiar do hatch médio).

Fontes ligadas à Volkswagen dão conta de que já existem mais de 10 protótipos em testes pela área de desenvolvimento, aprovados inclusive pela matriz em Wolfsburg. A VW da Alemanha, aliás, nunca teve tanta preocupação com um novo Gol como desta vez. Sabendo da importância estratégica do mercado brasileiro e do momento delicado de seu campeão de vendas, veio de lá a diretriz para usar a moderna arquitetura MQB – a mesma do Golf e de mais de 40 novos modelos do Grupo VW.

A filial brasileira trabalha pesado junto a fornecedores na confecção das peças do novo Gol. O prazo estipulado pela marca para que o modelo fique pronto é fim de 2015, com chegada ao mercado no primeiro semestre de 2016. A “briga” é para manter os custos enxutos de forma que o preço não fuja muito dos patamares do modelo atual e fique na faixa de Ka, Onix e HB20, começando em cerca de R$ 35 mil.

Isso porque, com o lançamento do up!, o novo Gol ficou livre para subir na vida. Ou seja, essa história de Gol mais barato que up! deve acabar com a nova geração. A tendência é que o próximo Fox, também com a base MQB, tome o lugar do velho Polo como compacto premium da marca. E o Gol então ficará como opção intermediária entre os compactos da Volks, atuando (em termos de posicionamento de preço) entre up! e Fox.

Já o interior passará a ostentar um painel com desenho semelhante ao do Golf. O quadro de instrumentos, por exemplo, terá o velocímetro e o conta-giros bem grandes, com direito ao aro cromado nos mostradores das versões mais caras. Já os pedais, hoje deslocados à direita, ficarão em posição mais central, melhorando a ergonomia. Também espera-se que os comandos dianteiros dos vidros elétricos traseiros sejam transferidos para a porta (hoje ficam no centro do painel) e o atual esquema de ajuste de altura do banco seja trocado por um de catraca.

A mecânica será toda composta pela nova família de motores EA-211: 1.0 12V de três cilindros e 82 cv, 1.6 16V de 120 cv e 1.4 TSI em versão flex (que deve estrear no Golf nacional) equipando o esportivo GTI. Para o 1.4 turbinado, é esperada potência na casa dos 150 cv e torque ao redor dos 26 kgfm com etanol – força suficiente para levar o novo Gol de 0 a 100 km/h em menos de 8 segundos e alcançar 210 km/h de máxima. As versões mais baratas manterão o câmbio manual de cinco marchas, com opção do automatizado i-Motion, mas o GTI poderá receber a caixa DSG de sete marchas do Golf. Como aconteceu na última mudança do Fox, a direção terá assistência elétrica em todos os modelos, com opção do controle de estabilidade (ESP) em algumas versões. Será a melhor safra do Gol em seus mais de 30 anos de história.

Uol

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