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Gasolina já está mais cara em JP e reajuste é maior que previsto

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publicado em 30/11/2013 às 10h00

 Depois de ser derrotada na tentativa de estabelecer uma fórmula de reajuste automático dos combustíveis, a Petrobras conseguiu ontem aprovar uma política de preços que começa com um aumento de 4% para gasolina e 8% para o diesel, nas refinarias, já em vigor. Nos postos, o aumento da gasolina será de cerca de 2%, segundo a Fecombustíveis (federação que reúne os donos de postos). Para o diesel, a previsão é de 5%.

Na capital paraibana, a procura pelo combustível sem o aumento formou filas em alguns postos, embora muitos pessoenses tenham sido pegos de surpresa e não sabiam do reajuste.

Em um posto localizado na Avenida Epitácio Pessoa, o preço praticado até a meia noite de ontem era de R$ 2,66, mas a placa com o novo preço já estava confeccionada com o valor de R$ 2,78 para ser colocado em prática a partir de hoje, já com alta de 4,51%, mais que o dobro do estimado pela Fecombustíveis.

O motorista Victor Correia disse que não estava sabendo do aumento e aproveitou a oportunidade para completar o tanque. Já o comerciante Marcos Augusto enfrentou fila em um outro posto localizado no bairro dos Estados, na grande João Pessoa. “Eu fiquei sabendo do aumento por acaso enquanto fazia supermercado e corri para pegar o preço antigo”, explica.

A reportagem perguntou ao gerente do posto localizado no bairro dos Estados se o valor com reajuste seria praticado a partir de hoje, mas ele apenas informou que não poderia responder as nossas perguntas e pediu à reportagem que se retirasse.

Governo não explicou critério de reajuste

Brasília e São Paulo (AF) – O governo buscou um meio-termo para a disputa entre a estatal e a Fazenda. Esta conseguiu evitar a criação de uma fórmula que contemplava reajuste automático e poderia pressionar a inflação em 2014, ano da campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Já a estatal tirou do governo uma política que, segundo comunicado ao mercado, irá garantir a “convergência dos preços internacionais ao mercado doméstico” e “assegurar a redução do nível de endividamento da estatal no prazo de 24 meses”.

O comunicado deixa claro que os critérios de reajuste não serão divulgados. Nem a empresa nem o governo detalharam qual será a política de preços da companhia.

A estatal afirma que, para recuperar o caixa, vai combinar a política de reajuste de preços com o crescimento da produção de petróleo.

Este último ponto foi uma das exigências da presidente Dilma. Para ela, caso a estatal não tivesse reduzido sua produção, o prejuízo com a importação de gasolina e diesel teria sido compensado pela exportação de óleo bruto.

Atendendo também a uma preocupação da presidente, a estatal diz na nota que não vai “repassar a volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico”.

Como a Folha de S.Paulo antecipou, Dilma foi contra o gatilho defendido pela estatal.

IPCA deve subir 0,24%

O reajuste dos combustíveis deverá ter impacto modesto na inflação, segundo economistas. Considerando os impactos diretos e indiretos, o IPCA deverá ser elevado em 0,24% em dezembro de 2013 e em 2014.

“Apesar de o peso da gasolina ser alto no IPCA, o reajuste, ficou abaixo do que o mercado esperava”, disse André Perfeito, da Gradual Investimentos.

Segundo a LCA, o maior impacto do aumento da gasolina será sentido ainda neste ano. Já no caso do diesel, o maior efeito será indireto, em fretes e tarifas de transporte público.

Jornal Correio da Paraíba

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