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Na Síria

Mais de 18 mil pessoas já morreram em ataques russos

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publicado em 30/09/2018 às 19h07
AFP/Arquivos / JALAA MAREY

Os ataques russos na Síria já causaram mais de 18 mil mortes, quase 8 mil delas de civis, desde o início da intervenção militar de Moscou em apoio ao regime sírio, em 2015, afirmou neste domingo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Segundo Rami Abdel Rahman, diretor da ONG, “18.096 pessoas morreram em ataques russos na Síria entre setembro de 2015 e o mesmo mês de 2018, incluindo 7.988 civis, 44% do balanço total”.

Moscou, no enanto, divulgou neste domingo um balanço diferente. A Comissão de Defesa afirma que seus ataques aéreos provocaram as mortes de “85.000 terroristas” e nega vítimas civis.

“Todos os ataques da Força Aérea apontaram e apontam com precisão contra alvos terroristas. Em três anos dezenas de milhares de alvos terroristas foram destruídos: depósitos de munições, áreas fortificadas, postos de comando”, afirmou a Comissão.

A Rússia intervém na Síria em apoio ao regime de Bashar al-Assad desde 30 de setembro de 2015, e sempre negou ter dirigido seus ataques a civis.

Antes da intervenção russa, “o regime controlava 26% do território sírio”, e o EI, mais de 52%, segundo o OSDH.

Atualmente, as forças leais ao regime controlam dois terços do território daquele país, enquando o EI foi praticamente apagado do mapa, devido ao efeito de duas ofensivas diferentes, a dirigida pelo regime e a Rússia, e a liderada pelos Estados Unidos, que conta com o apoio de forças curdo-árabes.

Os rebeldes, que perderam seus últimos redutos no sul do país e arredores de Damasco nos últimos meses, estão confinados na província de Idlib, noroeste.

Mais de 360 mil pessoas já morreram na Síria desde o início da guerra, em 2011.

AFP

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