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Tucanos da PB flertam com Bolsonaro

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publicado em 28/09/2018 às 17h46
atualizado em 29/09/2018 às 06h16

Se antes o enfraquecimento era sentido com a simples falta de empenho na candidatura do ex-governador de São Paulo, agora, alguns tucanos e seus aliados flertam abertamente com a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). A simpatia por um apoio ao capitão reformado ocorre em estados como Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Sul.

Outros defendem que, em um segundo turno sem presença tucana, o partido pregue o voto nulo, bandeira condenada pela maioria dos correligionários de Alckmin ouvidos pela Folha ao longo desta semana. Esses integrantes do PSDB defendem que o partido libere seus quadros.

“Estou com Geraldo acreditando no segundo turno. Se não ocorrer, eu tomarei lado. Sou anti-PT”, diz o líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT).

Ao ver a foto compartilhada por um dos filhos de Bolsonaro em que aparece um homem ensanguentado e amarrado, com um saco plástico envolvendo sua cabeça, um integrante da cúpula da campanha de Geraldo Alckmin disse que não era possível declarar apoio no candidato do PSL e defendeu a liberação de filiados não só no PSDB, mas também nos outros partidos do arco de aliança do tucano.

Desafeto declarado de Alckmin desde o início das discussões sobre quem seria o candidato tucano ao Palácio do Planalto, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB-AM), desembarcou da campanha de sua sigla ainda no primeiro turno. Declarou apoio a Marina Silva (Rede), como mostrou a Folha na quinta-feira (27).

“Fiquei alheio a tudo que se passava nestas tratativas todas [da campanha presidencial tucana], mas não sem antes avisar que o governador Alckmin não chegaria a dois dígitos, que não iria para o segundo turno, seria um fracasso rotundo e o PSDB corria o risco de se esfacelar”, diz o prefeito, um dos que protesta contra a neutralidade da sigla em um eventual segundo turno sem a presença de seu correligionário.

Virgílio afirma ainda não saber como se comportará eleitoralmente após o primeiro turno, mas diz que seu partido tornou-se uma linha auxiliar de outras legendas.

Folha de São Paulo

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