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‘Não somos ladrões’, diz Gilberto Carvalho ao deixar ministério

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publicado em 02/01/2015 às 15h53

O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nesta sexta-feira (2) durante discurso de transmissão do cargo para o novo chefe da pasta, Miguel Rossetto, que ele e os que a oposição chama de "quadrilha" não são "ladrões".

Sem citar diretamente o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que disse ter perdido a eleição para uma "organização criminosa", Gilberto Carvalho afirmou, sob aplausos da plateia, que, para "eles" [a oposiçáo], os pobres são considerados uma "quadrilha". "Eu faço parte dessa quadrilha".

"Não somos ladrões, não somos ladrões", enfatizou Carvalho no pronunciamento. "Não vamos levar desaforo para casa. Nós temos dignidade, e é por isso que temos que levantar a cabeça, nossa luta, nossa história e nosso povo", complementou, afirmando também que tem orgulho de pagar seu apartamento ao Banco do Brasil por mais de 19 anos.

Ao longo do discurso de despedida, Gilberto Carvalho afirmou que não se pode ter medo em dizer que os governos do PT "mudaram a cara do país" e "inverteram prioridades". Ele costumava fazer essa declaração ao afirmar que nos últimos 12 anos o governo federal passou a dar prioridades às populações mais pobres. Carvalho disse que será fiel à presidente Dilma "onde estiver". A jornalistas, o ministro disse no fim do ano passado que passará a presidir o Conselho de Administração do Sesi a partir de fevereiro.

Ele foi bastante aplaudido ao dizer que ao assumir o cargo fez oração para que o governo olhasse pelos mais pobres e não fosse "seduzido" pelo poder.
Gilberto Carvalho encerrou sua fala ao dizer que sai da Secretaria-Geral com "esperança". Ele pediu para "quebrar o protocolo" e começou a cantar a música "O que é, o que é?", de Gonzaguinha. A plateia o acompanhou e o ovacionou após a música.

Miguel Rossetto

Após a fala de Carvalho, o novo ministro, Miguel Rossetto, iniciou seu pronunciamento dizendo que o ex-chefe da pasta é "um grande brasileiro", e o cumprimentou pelo "extraordinário trabalho" realizado.

G1

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