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Coreias assinam acordo para reduzir tensão na fronteira

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publicado em 19/09/2018 às 15h28

As duas Coreias assinaram nesta quarta-feira um histórico acordo militar que reduz a possibilidade de confrontos entre seus respectivos exércitos ao redor da fronteira que compartilham.

O ministro interino da Defesa da Coreia do Sul, Song Young-moo, e seu colega da Coreia do Norte, No Kwang-chol, assinaram o acordo durante a cúpula entre os líderes dos dois países, tecnicamente ainda em guerra, realizam até amanhã em Pyongyang.

De acordo com o documento, as Coreias suspenderão a partir do dia 1º de novembro suas respectivas manobras ao longo da fronteira terrestre. Além disso, os dois países eliminarão 11 postos de guarda de fronteira antes do final do ano.

Seul e Pyongyang também estabelecerão uma zona de restrição de voo perto da divisa e uma área em torno de fronteira marítima ocidental, onde manobras e exercícios com fogo real estarão proibidos.

O documento histórico é até hoje o acordo de maior importância para a redução da tensão militar entre dois países que permanecem em guerra desde 1950.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, insistiu antes de viajar para Pyongyang em que a ativação de um mecanismo deste tipo representa um grande passo para o estabelecimento da paz na península e para melhorar os laços entre dos dois países, algo que favorece, por sua vez, o diálogo da Coreia do Norte com os Estados Unidos sobre desnuclearização.

Na declaração conjunta assinada hoje por Moon e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, Pyongyang se compromete em tomar novas medidas simbólicas, como o fechamento permanente da sua central de Yongbyon, epicentro de seu programa nuclear, caso Washington cumpra com o que foi estipulado na cúpula de Singapura, em junho.

Por sua vez, na declaração conjunta, as duas Coreias também concordaram em aumentar os intercâmbios além das fronteiras para impulsionar o desenvolvimento econômico comum, e particularmente, realizarão, antes do final do ano, a conexão de suas ferrovias e estradas.

Agora resta ver o alcance deste projeto, já que a utilização destas vias de transporte – que já estão de fato conectadas há muitos anos – poderia representar uma violação das sanções que pesam sobre Pyongyang.

Por último, concordaram na realização de videoconferências das famílias separadas pela Guerra da Coreia e a abertura de um escritório na cidade norte-coreana de Kaesong, fronteira entre os países, onde sul e norte-coreanos possam comparecer para tentar localizar parentes que vivem ao outro lado da fronteira.

Agência EFE

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