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“Vou ensinar Amanda Nunes a ter respeito”, alfineta Cyborg

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publicado em 18/09/2018 às 10h11
Foto: Evelyn Rodrigues

O clima para a luta histórica entre Cris Cyborg e Amanda Nunes, marcada para o UFC 232, no dia 29 de dezembro, esquenta cada vez mais. Após a campeã peso-galo dizer que, se vencer a luta, será a maior de todos os tempos, Cyborg respondeu em entrevista ao site “Fansided” chamando a baiana de “creonte”, termo criado por Carlson Gracie para designar os traidores no mundo da luta.

– “Creonte” é a palavra que se usa no Brasil para os traidores. Acho vergonhoso que Amanda Nunes seja a primeira campeã brasileira do UFC e, ao invés de representar o Brasil quando luta, ela se diz “American Top Team”. Ela desrespeita os fãs brasileiros sempre que entra no octógono como parte da American Top Team. Essa é a mesma academia do Colby Covington. Ele desrespeitou tanto o Brasil que o UFC teve tanto medo de não ter seguranças suficientes para garantir a sua integridade física que transferiu sua luta contra Rafael dos Anjos do Brasil para os EUA.

Para Cyborg, Amanda Nunes treinando com Colby Covington seria algo inimaginável em academias brasileiras. A campeã peso-pena do UFC comparou a situação a uma improvável ida de Chael Sonnen à Chute Boxe para treinar com Anderson Silva ou Wanderlei Silva.

– Amanda Nunes treina todos os dias com Covington e até divide os treinadores com ele. De onde eu venho no Brasil isso nunca aconteceria. Alguém consegue imaginar Chael Sonnen entrando na Chute Boxe para treinar com Anderson Silva ou Wanderlei Silva, ou com os seus treinadores? Vocês acham que ele o deixariam treinar lá depois de tudo o que ele falou do Brasil? Não. Eles defenderiam a honra do Brasil. Amanda não tem esse tipo de respeito pelo Brasil.

Cris Cyborg também mencionou não ter tido vontade de enfrentar Amanda Nunes quando foi desafiada no ano passado, por querer ver todas as categorias femininas do UFC com campeãs brasileiras. Mas mudou de ideia após a baiana ter pedido um ano para se preparar para a luta, e garantiu que dará uma aula de respeito à rival.

– Quando ela me desafiou no ano passado, num primeiro momento eu não queria enfrentá-la. Eu queria ver todas as categorias femininas do UFC dominadas por brasileiras. Eu, Amanda, Jéssica Bate-Estaca… Todas nós poderíamos ser campeãs, e acho que isso faria o Brasil ter orgulho de nós. Mas Amanda Nunes é de um time de creontes. Na American Top Team é normal que colegas de equipe se enfrentem. Ela me desafiou ano passado, mas quis um ano para se preparar. Quando eu lutar com ela, no dia 29 de dezembro, será para todos no Brasil, e também para ensiná-la a ter respeito.

A paranaense também fez questão de ironizar a ideia da baiana, de que poderá ser considerada a maior lutadora de todos os tempos caso vença a luta entre as duas. Para Cyborg, Amanda precisa não ter medo de nenhuma adversária, especialmente as que já a derrotaram no passado, para poder ser considerada a maior de todas. E aproveitou para provocá-la sobre a derrota para Cat Zingano, que foi a última lutadora a derrotar a baiana, no UFC 178, em 2014.

– Amanda tem dito a todos que, se ela me vencer, será a maior de todos os tempos. Mas será que ela acha que todos esqueceram suas quatro derrotas? Ela desistiu contra Cat Zingano, e todos sabem que ela não quer enfrentar Cat novamente. Para ser a maior de todos os tempos você não pode ter medo de ninguém, principalmente alguém que já te venceu. Eu pedi diversas vezes uma revanche contra Erica Paes, mas ela nunca aceitou. Ainda quero uma nova luta de muay thai contra Jorina Baars. Mas na hora que você menciona o nome de Cat para Amanda, ela fica calada como um rato.

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