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Brasil luta, mas sente o peso da falta de ritmo e perde amistoso

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publicado em 12/08/2018 às 14h32
atualizado em 12/08/2018 às 11h57

O foco, é verdade, está lá na frente. Até por isso, talvez, ainda falte ritmo. No primeiro compromisso rumo ao Mundial, o Brasil sentiu o peso do tempo sem jogar. Apesar do esforço e da luta, a seleção brasileira não conseguiu fazer frente aos Estados Unidos no primeiro dos quatro amistosos entre as equipes. Neste domingo, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, diante de um público de mais de sete mil pessoas, o time de José Roberto Guimarães caiu por 3 sets a 1, parciais 25/19, 25/18, 26/28 e 25/16.

As americanas, que já haviam feito amistosos contra o Japão nas últimas semanas, conseguiram dominar o jogo, apesar dos esforços das brasileiras. Na próxima terça, às 19h, as duas equipes voltam a se enfrentar, em Uberaba. O SporTV transmite a partida ao vivo.

Durante o amistoso, Zé Roberto tentou dar rodagem às jogadoras. Dani Lins e Thaísa, que não disputaram a Liga das Nações foram à quadra, assim como Rosamaria. Vale lembrar que a seleção ainda não conta com Fernanda Garay, Natália e Suellen: todas ainda buscam voltar à melhor forma. Drussyla, outra que volta de lesão, ficou como opção no banco como líbero, mas não chegou a participar do jogo.

Falta de ritmo e vitória americana

As novidades, a princípio, ficaram como opção. O time que foi à quadra do ginásio Nilson Nelson era praticamente o mesmo que terminou a Liga das Nações. Do outro lado, os Estados Unidos tinham seus desfalques, como a levantadora Carli Lloyd e a central Akinradewo. Talvez por isso o início tenha sido tão tranquilo. Com facilidade, o Brasil abriu 5/1. Só que não podia ser tão fácil assim. As americanas pressionaram e chegaram ao empate em 8/8. Chegaram à virada logo depois, em 10/9.

As coisas desandaram. Zé Roberto, então, chamou Dani Lins e Thaísa na inversão, quando o placar já apontava cinco pontos de diferença para as americanas. A seleção até ameaçou uma reação, mas tinha problemas no passe. No fim, as visitantes fecharam em 25/19.

Na volta à quadra, nenhum dos times disparou. Os EUA até largaram na frente, mas sem conseguir abrir vantagem. A seleção da casa conseguiu tomar a dianteira, mas voltou a pecar nos passes. Gibbemeyer, com dois aces seguidos, levou as americanas a 10/7 no placar. Zé Roberto, então, parou o jogo.

As americanas, que haviam feito amistosos contra o Japão nas últimas semanas, pareciam com mais ritmo de jogo. Tinham um controle maior das ações. As brasileiras, por outro lado, ainda sofriam com algumas situações de jogo – algo normal, depois de um mês apenas de treinos. Amanda, muito querida pela torcida da casa, fez a seleção encostar no placar, depois de dois pontos seguidos – um deles, de ace (16/14). Mas logo os EUA voltaram a disparar. Com o placar em 23/16, Zé Roberto deu a última cartada no set ao colocar Rosamaria. A ponteira até entrou bem e animou a torcida. Mas a parcial era mesmo das americanas: 25/18, em ataque de Michelle Bartsch-Hackley.

Na volta à quadra, o Brasil tomou a frente no início do terceiro set. Mas, assim como nas parciais anteriores, as americanas voltaram a dominar o jogo. A seleção foi buscar, e Adenízia igualou o placar em 14/14. Na sequência, Michelle Bartsch-Hackley errou o ataque, e o time da casa passou à frente. A reação, porém, foi temporária àquela altura. As visitantes tomaram a dianteira mais uma vez. Mas Zé Roberto parou o jogo e mandou Dani Lins e Thaísa à quadra. Adeníza, em ótimo bloqueio, levou o time ao empate (22/22). Depois de longos ralis, na marra, Rosamaria fechou o set para o Brasil: 28/26.

Michelle Bartsch-Hackley soltou o braço e venceu o bloqueio de Tandara e Adenízia na volta à quadra. A seleção brasileira, porém, seguiu o embalo do set anterior e se manteve na briga. Mas, no equilíbrio do jogo, os EUA mostraram ter mais gás neste momento. Abriram 15/9 com facilidade, depois saltaram para 20/12. O Brasil até lutou, mas a diferença era muito grande para voltar à briga: 25/16, em mais um ataque de Michelle Bartsch-Hackley.

G1

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