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A dimensão de Rômulo Gouveia

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publicado em 29/10/2014 às 15h24

Não somos daqueles que generalizam conceitos (ou preconceitos) em relação a pessoas nem a segmentos. Somos contrários e como tal logo nos manifestamos, por exemplo, quanto a toda reclamação, especialmente as feitas nos meios de comunicação, em que se aponta “os motoristas do transporte coletivo” ou “os cobradores desse mesmo setor” sem a identificação de em que veículo, em que data e hora tenha havido a ocorrência contestada. Quando não há essa identificação, atinge-se “todos os motoristas” ou “todos os cobradores” em relação a um fato lastimável que tem a (ir)responsabilidade de bem poucos.

Na mesma lógica, não concordamos com a expressão popular de que “todo político calça 40”. Na classe política, tanto quanto nas demais classes (médica, advocatícia, jornalística, de magistrados, de motoristas etc) há pessoas excelentes assim como as boas, as simplesmente normais e aquelas outras – geralmente uma minoria – cujos procedimentos têm a reprovação social.

Como os que pessoalmente nos conhecem sabem de nossa afinidade pessoal, por exemplo, com o deputado Carlos Batinga, imaginem se cometeríamos essa irresponsabilidade e inconseqüência de considerarmos esse exemplar cidadão monteirense dentro desse precipitado conceito (ou pré-conceito) de que “todo político calça 40”!… Como Batinga – e mesmo aqui só nos reportando à Assembléia Legislativa do Estado – há muita gente séria que quer e luta pelo melhor pra Paraíba e que igualmente não lhes cabe essa ironia ou má avaliação de “calçar 40”. E a propósito deste “calçar 40” vem-nos a lembrança de que “40” também corresponde a um número indicativo de um dos Partidos Políticos brasileiros, daí nos apressarmos em dizer que em todas as siglas partidárias, de igual modo que em outros segmentos, há as pessoas excelentes assim como as boas, as simplesmente normais e aquelas outras – geralmente a minoria – cujos procedimentos têm a reprovação social.
Mas, é sobre a grande dimensão política de Rômulo Gouveia que desta feita queremos nos reportar!

Seria desnecessário expor, porquanto a Paraíba já o deve saber, que Rômulo Gouveia elegeu-se vereador de Campina Grande em 1992, reeleito em 1996, tendo também galgado a presidência da Câmara Municipal. Em 1998 foi eleito deputado estadual, reeleito em 2002, e na Assembléia Legislativa igualmente galgou sua presidência. Em 2006 elegeu-se deputado federal e em 2010 vice-governador ao lado do governador Ricardo Coutinho. Por razões que só a Política explica, agora em 2014 retirou o apoio que dera a Ricardo Coutinho e ficou ao lado de Cássio Cunha Lima. Mas, dentro das “estratégias políticas”, foi candidato a deputado, retornando à Câmara Federal com convincente votação. Terminado o processo eleitoral de 2014, inclusive de seu 2º turno, foi de Rômulo Gouveia que (também) se ouviu as mais ponderadas palavras demonstrativas de um político de grande dimensão, daquele que quer mesmo o melhor para a Paraíba, conclamando a todos para a união de forças e deixando bem caracterizado que a atuação dos partidos oposicionistas deve ser sempre de modo construtivo, jamais para simplesmente criar dificuldades de governabilidade por já se estar focando o processo eleitoral futuro.

Esta admiração e respeito por Rômulo Gouveia temo-las especialmente a partir de fins de 2004 ou início de 2005, portanto logo após Rômulo não lograr êxito eleitoral para Prefeito da Rainha da Borborema, e o ver bem ao lado de Veneziano Vital do Rego (o vencedor das eleições) em uma “bate-papo” tão amistoso que pareciam dois irmãos, ou seja, também pra eles já passara a campanha… e a vida continuava normalmente, ambos querendo o melhor para Campina Grande.

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