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Rama admite ‘rebelião popular’ e uso de armas

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publicado em 20/07/2018 às 15h14
atualizado em 20/07/2018 às 13h23

A pré-candidata a governadora da Paraíba pelo PSTU, professora Rama Dantas, defendeu, nesta sexta-feira (20), uma “rebelião armada” para combater o atual sistema político no país.

“Essa rebelião vai ser construída pelo povo e o povo é que vai dizer, se com arma ou sem arma para reverter essa situação, por uma sociedade que tenha sua necessidade atendida. Em algum momento vamos ter um confronto que, possivelmente, as pessoas possam pegar em arma. Não digo que vai acontecer isso, mas é um dos caminhos”, destacou em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM.

De acordo com Rama Dantas, o PSTU quer fazer uma revolução no país e construir uma sociedade onde todos tenham direitos iguais. “Não queremos ver pessoa em condições sub-humanas enquanto uma quantidade pequena concentra a riqueza do país. Queremos construir uma sociedade mais justa”, afirmou.

Ela afirmou que no país já acontecem pequenas rebeliões em setores da população que são desassistidos por parte do governo.

“Quando se faz uma greve ou quando as pessoas que não tem casa ocupam um prédio público abandonado, isso é uma rebelião. É isso que o partido quer, dialogar e colocar para a população pobre e os trabalhadores que eles podem efetivamente gerir esse país e que essa riqueza fique nas mãos do povo. Ente,demos que eleição não adianta muita coisa, mas a rebelião do povo que é quem muda realidade no dia a dia”, destacou.

Questionada sobre suas propostas para a segurança pública, Rama Dantas considerou que o atual sistema precisa ser revisto no país. Ele defende que o plano de segurança seja construído com a sociedade.

“Não é número de efetivo ou de armas que vai resolver. A comunidade é que pode identificar o que gera a violência e cortar o mal pela raiz. O nosso governo vai ser pautado nos conselhos populares. O povo é que vai dizer como deve acontecer a segurança pública” enfatizou.

Ricardo Coutinho traiu os trabalhadores

Ainda durante a entrevista, a pré-candidata atacou os Governos Ricardo Coutinho e Temer, além de partidos de esquerda, como o PT. Para ela, Lula “colhe o que plantou” porque ao invés de governar com os trabalhadores optou em administrar com os banqueiros, latifundiários e o atual setor político.

“Nesse país, com essa crise econômica, ao invés de chamar os trabalhadores para dar um basta e colocar fora os corruptos, esses partidos fazem campanha ‘Lula Livre’. O grande problema é que os partidos não estão querendo chamar os trabalhadores e sim que o salvador da pátria chegue para salvar o país”, criticou.

Rama também não poupou ataques ao governador Ricardo Coutinho e sua gestão. Para ela, o PSTU considera o socialista como um “traidor de classe” porque fugiu das suas origens políticas.

“Ele representa hoje tudo que condenamos em nível nacional. Ricardo veio dos movimentos sociais e quando chegou ao governo fez alianças com setores que não representam sua origem. Está se adequando ao sistema e governou o último período fazendo alianças com partidos que estão juntos no projeto do Temer, retirando direitos e promovendo isenções fiscais para os empresários”, alfinetou.

Partido neutro

Caso não esteja no segundo turno, Rama Dantas adiantou que o partido não irá se posicionar por nenhuma das candidaturas que se apresentaram para a disputa. Isso, de acordo com ela, inclui o PSOL por já ter anunciado através do presidente nacional da sigla, Gulherme Boulos, que negociará “juros razoáveis” com os banqueiros.

Roberto Targino – MaisPB

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