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condenado na lava jato

Casa de José Dirceu em SP é leiloada por R$ 465 mil

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publicado em 17/07/2018 às 16h04

A casa do ex-ministro José Dirceu no bairro Saúde, na zona sul de São Paulo, com 200 metros quadrados, foi arrematada por R$ 465.187,50 em um leilão na tarde de segunda-feira (16).

Esse e outros bens de Dirceu foram colocados para venda depois das condenações dele em duas ações penais no âmbito da Operação Lava Jato, que somam 32 anos e 1 mês de prisão.

O comprador da residência foi identificado como “Jorge 1960”. De acordo com a Marangoni Leilões, a casa estava avaliada em R$ 750.375,00. A comissão do imóvel ao leiloeiro é a de R$ 23.259,38.

Outros dois bens de Dirceu também foram para leilão na segunda-feira, mas não foram vendidos: uma chácara em Vinhedo, interior de São Paulo; e a sede da empresa JD Assessoria, em São Paulo.

Uma casa em Passa Quatro, em Minas Gerais, onde morava a mãe de Dirceu, foi retirado do leilão pelo Juízo.

O juiz federal Sérgio Moro, que é responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, foi quem determinou o leilão dos bens, em fevereiro deste ano.

Os bens, segundo o juiz, constituem diretamente produto de crime praticados pelo ex-ministro ou foram adquiridos com esses valores.

O ex-ministro foi preso em 2015 na 17ª fase da Operação Lava Jato e foi condenado duas vezes por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele é réu em um processo em que é acusado de receber propina das empreiteiras Engevix e UTC.

Dirceu já havia sido condenado no processo do mensalão do PT por corrupção ativa. Ele cumpria, desde novembro de 2014, a pena de 7 anos e 11 meses em regime domiciliar.

Em maio de 2017, Moro determinou que ele deixasse a prisão com tornozeleira eletrônica. Até então, o ex-ministro estava preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais (CMP), na Região Metropolitana de Curitiba.

A pena do ex-ministro é a segunda mais alta dentro da Lava Jato até o momento. A primeira é a que foi aplicada ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque: 43 anos de prisão.

G1

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