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NA FINAL DA COPA

Membros do Pussy Riot recebem acusações por invadir campo

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publicado em 16/07/2018 às 12h49

Integrantes do grupo punk feminista Pussy Riot que invadiram o campo do estádio Luzhniki na final da Copa do Mundo na Rússia neste domingo (15) receberam acusações por “violação dos direitos dos espectadores” e por usarem símbolos da polícia ilegalmente.

Os quatro invasores usavam uniformes da polícia e denunciavam, entre outras coisas, fabricação de acusações criminais e prisões sem motivo e pediam a liberdade de presos políticos e a competição política no país. O Pussy Riot é conhecido pelas críticas sobre as liberdades civis, direitos humanos e à maneira que o governo Putin lida com opiniões dissidentes.

Segundo a agência russa de notícias Interfax, os quatro membros podem enfrentar multas de até 11.500 rublos (cerca de R$ 707) ou 160 horas de serviço comunitário. Eles passaram a noite em uma delegacia e nesta segunda-feira (16) foram encaminhados para participar de uma audiência em uma corte em Moscou, segundo postou o grupo em suas redes sociais.

Aos sete minutos do segundo tempo da partida, quando o jogo ainda estava em 2 x 1 para a França, três mulheres e um homem usando camisetas brancas e calças pretas invadiram o gramado a partir da área atrás do gol francês.

A invasão foi vita pelo presidente russo Vladimir Putin, que acompanhava a partida ao lado do presidente francês Emmanuel Macron e da presidente croata Kolinda Grabar-Kitarovic.

Os invasores conseguiram correr aproximadamente 50 metros, dispersando-se em diferentes direções antes de serem derrubadas por fiscais e arrastadas para fora do gramado. A partida foi paralisada, mas acabou retomada momentos depois.

Uma das mulheres conseguiu se aproximar de Mbappé, astro do time francês, e o cumprimentou com as mãos. Gesto retribuído pelo jogador. Já o zagueiro croata Lovren, empurrou um dos invasores e ajudou os seguranças a segurá-lo.

Prisão em 2012 e em Sochi
A banda de punk russa teve suas integrantes presas em 2012 por realizarem um protesto contra Putin em uma igreja. Desde então, as três mulheres que foram levadas a julgamento se separaram, e duas delas – Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina – ainda usam o nome Pussy Riot.

Tolokonnikova, Alyojina e Ekaterina Samutsevich passaram 22 meses na prisão e foram processadas por terem improvisado na catedral de Cristo Salvador de Moscou uma “oração punk” intitulada “Maria mãe de Deus, tire Putin”, um protesto contra o apoio da igreja ortodoxa a Putin.

Em 2014, um tribunal de Moscou reduziu a condenação inicial de dois anos para um ano e 11 meses.

O veredicto original ditava que a chamada ‘oração punk’ que as mulheres apresentaram na Catedral de Cristo Salvador em 17 de fevereiro de 2012 foi uma flagrante violação da ordem pública, desrepeito pela sociedade e ódio religioso. Mas considerou que o ato não foi cometido diretamente contra “um grupo social”.

Durante as Olimpíadas de Inverno em Sochi, na Rússia, elas também foram presas. Segundo Tolokonnikova, elas foram acusadas de roubo e liberadas em seguida.

No dia 10 de julho, Maria Alyokhina, conhecida como Masha e uma das fundadoras do grupo, foi presa por não cumprir serviço comunitário e liberada após ser multada.

G1

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