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Odilon Fernandes – advogado, escritor, professor e procurador federal aposentado.

Os pais mais queridos

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publicado em 13/07/2018 às 18h33

Jamais esqueci da frase: “Nenhum sucesso da vida compensa o fracasso do lar”, proferida por David Mckay, que se não me engano, divorciou-se algum tempo após escrever a celebre e sábia afirmação, apesar disto achamos verdadeira e sempre atual a sua assertiva, mesmo sem saber se o escritor teve ou não sucesso como pai.

Ao longo da minha vida, aos 72 anos, como pai, professor, advogado, observei quais as características que para mim são comuns aos pais, e aqui refiro-me a pais e mães mais queridos aos olhos dos filhos. Entre muitas e muitas posturas importantes, comuns, aos pais mais amados, registramos que nenhum deles é perfeito e jamais será na educação dos filhos,sendo relevante que saibam disso, para que possam melhor meditar, pois não existe manual de pais perfeitos. Todos precisamos saber que em muitas oportunidades erramos e isto é indispensável para que se possa acertar, inclusive fazendo com que os filhos compreendam isto. Vejamos:

As minhas observações cotidianas, algumas leituras, inclusive na internet, convenceram-me de que o sucesso mais importante é aquele que se busca no seio da família. Extremamente importante é saber que não se pode nem se deve dizer permanentemente sim e saber que para ser um pai ou uma mãe mais queridos é preciso dizer não,como é muito relevante transmitir ensinamentos aos filhos mais pelo bom exemplo do que pelas palavras. Um bom pai, uma boa mãe estão a todos os momentos ensinando a seus filhos e é com exemplo que deve-se ensina-los a serem honestos, calmos, humildes, tolerantes, estudiosos. Outra coisa de grande valor é que se procure dispor sempre de tempo para estar com os filhos e com o parceiro ou parceira e com eles manter diálogo para que se cultue a sinceridade e para que os mantenha afastados da mentira, adotando-se uma conduta que estabeleça confiança como um dos maiores valores para todos. É preciso também entre os pais mais queridos, o estabelecimento de limites e atribuições de responsabilidades, bem como, que se adote a rotina de expressar, sempre que possível e cabível, amor pelos filhos e dizer-lhes frequentemente que os ama, ensinar-lhes projetos sociais e deles participar com a sua prole, manter sempre contato e estimular-se interação com professores, bem como com todos os familiares e lideres religiosos, ensinar-lhes o valor da instrução, mais principalmente do amor, do respeito, da solidariedade. É preciso mostrar-lhes que não se deve viver a comparar as pessoas umas com as outras, não comparando os filhos uns com os outros, mas sempre os incentivando nos seus projetos, e ajudando-os quando necessário.

Percebe-se que os bons pais, os pais mais queridos ensinam os filhos a serem bons cidadãos e a manterem uma conduta social e familiar de respeito mutuo e de tolerância.

Educar é dificílimo. Não há pais e mães perfeitos, porém é sabido que há aqueles pais que são mais queridos e podemos dizer que todos estes possuem estas ou algumas das atitudes acima elencadas. Acrescentamos ainda que não se pode deixar de acompanhar as amizades e companhias dos filhos, e mostrar-lhes sempre que são amigos deles. Isto descrevo porque decorre de fatos, experiências de vida ao longo da minha existência e de muitos erros cometidos, embora receba hoje, juntamente com Miriam, a dedicação, amizade e amor dos nossos três filhos.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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