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Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank pedem boicote a youtuber: “Racista”

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publicado em 03/07/2018 às 10h47
atualizado em 03/07/2018 às 07h48

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank iniciaram uma campanha virtual pedindo boicote a Júlio Cocielo, na noite desta segunda-feira (2). O casal de atores se posicionou contra o influenciador digital – que tem mais de 11 milhões e 200 mil seguidores no Instagram – após comentários preconceituosos dele serem divulgados na web.

“Você tem noção do que são 11 milhões e 200 mil pessoas? Eu ajudo. É a população inteira da Bélgica. É um milhão a mais do que a população de Portugal. São 143 Maracanãs lotados. São todas as pessoas que ainda estão apoiando diretamente um influencer assumidamente racista. Temos que cobrar posicionamento das marcas que o patrocinam, é claro. Mas são os outros famosos que ainda o seguem e, principalmente, as pessoas comuns, anônimas, que verdadeiramente me preocupam. Apoiar uma pessoa racista é ser conivente, sim”, afirmou Bruno.

O ator continuou o texto pedindo para que marcas, celebridades e pessoas comuns parem de apoiar, seguir e curtir as publicações de Júlio. “Preconceito não se combate sozinho. Vamos precisar de todo mundo. A mensagem precisa ser clara e direta. Num mundo digital em que seguidor significa dinheiro e carreira, a gente precisa entender a importância do boicote. Principal instrumento de revolução de Martin Luther King Jr, nos anos 60, nos Estados Unidos da segregação racial, durante o Movimento dos Direitos Civis. As marcas só chegam até essas pessoas porque elas têm audiência, visibilidade, constroem um público que interessa para as empresas atingir. A responsabilidade é de todos. Precisamos, é claro, cobrar as marcas mas também precisamos chamar atenção dos outros famosos que seguem/dão like/fazem parceria com essas pessoas racistas, machistas, LGBTfóbicas e gordofóbicas. É obrigação de todos nós constranger e vigiar nosso círculo social”, acredita o artista.

Bruno encerrou reforçando o desejo de que as pessoas parem de dar ibope a Cocielo.  “Educação antirracista não é somente pra criança, racismo não tem idade. A hora de aprender e ensinar é agora. Vão lá no perfil (que eu me recuso a marcar aqui), vejam quem dos seus amigos e influenciadores favoritos seguem a pessoa e puxem a orelha de todo mundo. Na internet, seguidor é visibilidade e dinheiro. Não basta só cobrarmos as marcas, até porque daqui a pouco aparecem outras empresas com memória curta. A forma de colocar no ostracismo e minar a popularidade é fazendo quem que essas pessoas percam seu público, a grande propulsora do trabalho delas. Não é um caso isolado. Não foi o primeiro, não será o último. A gente precisa atuar com quem realmente movimenta essa máquina: a audiência. Racismo é um problema de todos nós”, concluiu.

Já Giovanna alertou para o fato do youtuber achar o que ele fez foi uma piada. “Segunda do dia!!! Odeio ter que postar coisas tão repugnantes e tristes como essa… Mas é necessário!!! Ainda fico chocada como podem existir pensamentos como desse tipo de pessoa… Isso não é uma brincadeira e nunca foi!!! Isso é racismo!”

Post polêmico de Júlio Cocielo

Tudo começou quando Cocielo fez um post considerado racista sobre o jogador francês Kylian Mbappé durante a partida entre França e Argentina, pela Copa do Mundo da Rússia, no último sábado (30). “Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein”, disse o youtuber no Twitter.

Depois da repercussão negativa, o jovem apagou a publicação e pediu desculpas. “Apaguei porque meu negócio não é ofender. Não citei nada além da velocidade dele devido ao lance do jogo, não quero treta, só deixei pra lá porque não era esse o sentido e não quero levar isso além. É isso. Não quero que confundam as coisas.”

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