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ESPECULAÇÃO

Argentina denuncia ataque financeiro contra sua economia e contra o Brasil

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publicado em 04/01/2015 às 15h22

 O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, afirmou que Argentina e Brasil vêm sendo vítimas de um ataque financeiro de fundos especulativos com fins políticos – segundo entrevista publicada neste domingo (4) pelo jornal Página12.

"O ataque simultâneo contra Argentina e Brasil está gerando um descalabro financeiro na região", disse.

O ministro considerou que isso responde "a uma estratégia generalizada que está utilizando a questão financeira como campo de batalha contra determinados processos políticos".

A Argentina trava uma batalha judicial com os fundos especulativos Aurelius e MNL, que ganharam um processo nos Estados Unidos para cobrar US$ 1,3 bilhão por bônus da dívida em moratória.

"O Aurelius, um dos fundos especulativos que está na justiça de Nova York contra a Argentina, acaba de iniciar uma campanha contra a Petrobras, alegando que a estatal brasileira fraudou informações financeiras", explicou o ministro.

Segundo Kicillof, o fundo Aurelius "pede a ‘aceleração’ dos bônus (amortização adiantada), o que equivale a arrastar a petroleira brasileira para o default".

"Este paralelo (entre a dívida da Argentina e a situação da Petrobras) não é gratuito nem casual", concluiu.

Segundo ele, trata-se de "uma guerra sem armas, no terreno judicial e com objetivos políticos".

Kicillof criticou "esta forma de atuar, de pressionar, de atacar buscando de todas as formas submeter o governo ao pagamento" e questionou "se esta não seria uma prática própria da máfia".

No final de 2014 a cláusula da reestruturação da dívida argentina de 2005 e 2010 perdeu o efeito – ela era citada como obstáculo legal pelo governo de Cristina Kirchner para pagar a sentença aos fundos especulativos.

Esta renegociação foi aceita por 94% dos credores da Argentina com pagamento de até 70% do valor nominal dos títulos, mas 1% dos credores entrou na justiça americana e obteve uma sentença favorável à cobrança de 100% e juros dos bônus da dívida em moratória.

Analistas defendem que um acordo pode levar meses e até ficar como dívida pendente para o próximo governo – que será escolhido nas eleições presidenciais de outubro.

 Kirchner finaliza em dezembro deste ano seu segundo mandato, sem a possibilidade de se reeleger.

UOL

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