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A advertência de Polari na CMJP

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publicado em 21/11/2014 às 18h52

Já tive oportunidade de escrever e divulgar o quanto foi marcante a audiência pública realizada pela Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) na segunda-feira 17 de novembro, tendo por pauta a falésia do Cabo Branco.

Não escrevera ainda, porém, sobre um outro importante dado que naquela audiência foi colocado quando das explanações do secretário da SEPLAN-JP, Rômulo Polari. E certamente este dado passou desapercebido por todos os presentes em face de seus envolvimento e compenetração, naquele instante, focarem-se exatamente na questão da falésia do Cabo Branco.

Pois, bem! Polari chamou a atenção de como é difícil e consequentemente demorado, à administração pública, dentro dos trâmites burocráticos que a engessam, atender às demandas da população quando esta população cresce em velocidade bem maior que a da desenvoltura desta mesma administração pública. E pronunciou um dado que se constitui em relevante advertência sobretudo aos políticos, vez que é dentre eles que saem os governantes e parlamentares.

Disse Polari: “Do ano 2000 a esta data, João Pessoa cresceu em quase 200 mil habitantes, o que corresponde a praticamente duas cidades como Patos. E não temos tanta área territorial como se poderia imaginar, bastando dizer que a cidade de Santa Rita tem quase quatro vezes a área territorial de João Pessoa. Como seria bacana que houvesse uma política administrativo-econômica capaz de, como em um passe de mágica, gerar empreendimentos que empregaticiamente e também residencialmente acolhessem, por exemplo, no território santaritense, estes 200 mil novos habitantes!…”.

Em verdade, de acordo com dados que agora extraio do IBGE, a extensão territorial de João Pessoa é de 211 km2 para seus 780 mil habitantes e Santa Rita tem 726 km2 com 133 mil habitantes.

Em setembro do ano passado, inclusive no Portal MaisPB, escrevera sobre “Cidades Sustentáveis”, reportando-nos ao projeto que a Prefeitura de João Pessoa, nesse sentido, conseguira aprovar junto ao BID.

Anteriormente, em dezembro de 2012, também elaborara e divulgara texto dizendo: “Prefeituras, Estado: vamos juntos planejar!”.

Ainda em 2012, mais exatamente em 2 de março, foi postado no MaisPB um artigo ao qual eu dera o título de “Taperoá como Capital/PB”. Nele, após considerações sobre como nasceu Brasília e de como seria o Rio de Janeiro, hoje, com outros mais 2 milhões de pessoas penduradas em suas “favelas” e também justificar que João Pessoa não mais depende de ser capital político-administrativa para sustentar-se economicamente, assim como esclarecer que a indicação de Taperoá corresponde a uma coincidência de centro mesmo geográfico da Paraíba, eu escrevera: “Essa falta de efetiva interiorização do desenvolvimento é o que acarreta que todo mundo, de todos os rincões, busque, cada vez mais, as Capitais, porque nelas mais se concentram os recursos governamentais. E a migração, para as Capitais, mais se justificam com expressões do tipo ´se em nosso interior só deixam o osso pra roermos e lá na Capital é onde fica o filé, por que aqui permanecermos?´”.

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