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Empresário também sofre!

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publicado em 01/06/2018 às 16h31

Recentemente lemos um texto -que não nos lembramos quem seu autor – chamando a atenção de que nem pode haver o capitalismo puro nem também o socialismo nesta dimensão de pureza. Aponta esse texto que o melhor para a sociedade (mais popularmente, para a população) é uma harmonização entre estas duas linhas econômicas, isto porque o capitalismo sem preocupação social, tanto quanto o socialismo sem os incentivos competitivos, não proporcionam sustentação econômica em favor do povo.

Faz-se necessário, pois, que todos evitemos extremismos quando tenhamos reais propósitos para com o bem estar do povo.

A recente paralisação dos caminhoneiros mostrou que se justa foi a reivindicação dessa categoria na busca da diminuição no custo do óleo diesel para a viabilização de suas atividades, mostrou também que tal mobilização (aprovada originalmente por mais de 80% do povo) chegou a um ponto que precisava ser suspensa, sob pena de quebrar o país, o que significa quebrar toda a sociedade brasileira. E um caos assim causa prejuízos no hoje e no amanhã de todos, inclusive dos próprios caminhoneiros.

Chegados agora estes dias de certa calmaria, com as atividades em geral voltando à normalidade, eis que algumas pessoas, por meios diversos de comunicação, soltam suas opiniões com maior “combate” ao setor empresarial, especialmente contra o próprio segmento do transporte, e no de postos de combustíveis, destes pretendendo exigir reduções imediatas nos preços dos serviços que prestam.

Especificamente na área do transporte, entenda-se que a diminuição do custo do diesel em R$ 0,46 por si só pode não ser suficiente para a redução nos valores dos fretes ou das tarifas. Aliás, em relação ao setor dos caminhoneiros, o governo simultaneamente às medidas de redução onerosa do diesel, também estabeleceu novo regramento nos valores dos fretes, fixando os preços mínimos. E não é difícil esta compreensão: os preços do diesel somente nestes recentes meses subiram de tal forma que esta redução de agora pode não ser nem igual ao necessário para restabelecer os custos operacionais que existiam, por exemplo, em janeiro deste ano. Ou seja: se anteriormente foi calculado um valor de frete ou de tarifa (caso do transporte de passageiro) quando, por exemplo, o diesel estava a R$ 3,00 e em maio já se encontrava a uma média de R$ 3,60, significa que os R$ 0,46 a menos, de agora, ainda implica em um custo operacional maior do que o do início do ano. Por isto, em vez de ficar-se com flechas apontadas contra empresários e contra o capitalismo, compreenda-se que empresários também sofrem e que, obviamente objetivando o melhor para seus empreendimentos, sabem que seus êxitos só ocorrem cumprindo suas obrigações sociais plenas, fixadas graças à visão socialista.

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