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No Texas

Brasileiros são condenados por ajudar em sequestro

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publicado em 25/05/2018 às 17h45
Médico tenta retorno do filho para os EUA (Foto: Christopher Scott Brann/ Arquivo Pessoal)

Um tribunal do Texas considerou nesta sexta-feira (25) os brasileiros Carlos e Jemima Guimarães culpados de ajudar a sequestrar seu neto e levá-lo ao Brasil, na última etapa da longa batalha judicial do pai americano pela guarda do menino de 8 anos.

Carlos e Jemima foram absolvidos de outras acusações em um tribunal em Houston, Texas (sul dos Estados Unidos).

O juiz disse que ainda analisará uma petição da defesa de anular a decisão do júri e absolver o casal de todas as acusações, segundo o “Houston Chronicle”. Este tipo de anulação, no entanto, raramente é concedida.

Os Guimarães foram presos em fevereiro quando chegaram a Miami de férias. Eles foram acusados de colaborar com o sequestro de seu neto, há cinco anos.

Após se separar do marido, a filha do casal, Marcelle Guimarães, viajou em 2013 ao Brasil, prometendo que voltaria, mas obteve a custódia total na Justiça brasileira. Desde então o pai, Chris Brann, tenta, sem sucesso, recuperá-la.

Brann é um médico americano que vive em Houston e levou o caso ao Congresso americano, onde pediu para Washington impor sanções ao Brasil por descumprir a convenção de Haia sobre o sequestro internacional de menores.

Espera-se que o casal sexagenário seja condenado dentro de dois ou três meses, se o veredito for mantido. Eles receberão pena máxima de três anos de prisão.

Durante o julgamento, o casal apresentou indícios de que a mãe do menino estava fugindo de violência doméstica, segundo informou a imprensa local.

“Estamos abatidos”, disse à emissora KHOU-TV o advogado dos Guimarães, Rusty Hardin, fora do tribunal.

Um caso similar provocou a aprovação, em 2014, da Lei Sean Goldman, um menino que tinha sido levado ao Brasil pela mãe. A norma autoriza Washington a tomar medidas quando outro país se negar a devolver crianças americanas sequestradas.

Sean Goldman voltou aos Estados Unidos em 2009 por força da Convenção de Haia, cinco anos depois de ter sido separado de seu pai.

G1

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