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Racismo e injúria racial

Aluno da FGV vira réu após chamar colega de ‘escravo’

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publicado em 23/05/2018 às 18h41
atualizado em 23/05/2018 às 15h45
Foto compartilhada por aluno da FGV; ele foi acusado de racismo e suspenso da faculdade (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A Justiça de São Paulo recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público e tornou réu pelos crimes de racismo e injúria racial o estudante Gustavo Metropolo, aluno do curso de administração de empresas da FGV. Ele tirou uma foto de um estudante negro da mesma instituição e compartilhou em um grupo de WhatsApp com a frase: “Achei esse escravo no fumódromo. Quer for o dono avisa!”.

A vítima, João Gilberto Lima, aluno do curso de Administração Pública, registrou um boletim de ocorrência, no dia 8 de março deste ano, que a Polícia Civil de São Paulo classificou como injúria racial.

Após investigar o caso, a delegada Bárbara Travassos, da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) indiciou, no início de abril, o estudante pelo crime de racismo.

O entendimento da promotora Luciana Frugiuele representa nova reviravolta no caso. Na avaliação dela, por ter praticado a discriminação em um grupo de WhatsApp, o acusado cometeu os dois crimes: racismo por meios de comunicação social e injúria racial. Com isso, caso seja condenado, a pena contra o aluno da FGV poderá superar os cinco anos de prisão.

Procurado, o advogado Caio Metropolo Dias, advogado de Gustavo, não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Anteriormente, quando o estudante foi indiciado pela Polícia Civil, ele afirmou em nota que Gustavo estava “muito abalado com o acontecimento”. Afirmou ainda que o réu “tem amigos de todas as raças e religiões e sempre pautou suas relações pelo respeito mútuo e pela ampla tolerância, e nunca teve intenção de magoar alguém”.

A FGV informou em nota que o caso está sendo tratado na Justiça e que a entidade não comentará o assunto.

G1

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