João Pessoa, 30 de abril de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
Odilon Fernandes - advogado, escritor, professor e procurador federal aposentado.

O medo

Comentários: 0
publicado em 30/04/2018 às 10h52

O medo é um sentimento presente na vida de todos nós. Temos medo do desconhecido, temos medo da reprovação social, moral e religiosa aos nossos atos. Em algumas circunstâncias temos medo de atos que estão em desacordo com essa nossa consciência. Termos medo do castigo religioso diante de comportamentos que são passíveis de reprovação espiritual. Temos medo da pobreza, da perseguição política, da repressão radical, da intolerância e às vezes reagimos a algumas coisas com extrema violência, que não deixa de ser censurável. Mas podemos dizer que, de uma forma em geral, o medo exerce grande poder em nossas vidas e em algumas situações é evidente, indiscutível que em certos casos o medo é necessário e benéfico para o convívio entre os homens, ajudando a manter o equilíbrio social, quando encarado com realismo, inteligência e racionalidade, desde que não seja impostos com excessos descabidos, maléficos, fruto do autoritarismo, ditaduras e qualquer tipo de arbitrariedade, atos desumanos e criminosos como das filosofias políticas radicais, de direita ou esquerda, qualquer tipo de intolerância política, é necessário que tenhamos freios, que desestimulem desrespeitos a vida, a liberdade, a dignidade da pessoahumana, recorrendo-se a institutos multilaterais como Tribunais Internacionais e outros organismos que possam exercer uma política de respeito aos direitos e valores fundamentais. Precisamos valorizar instituições como a Justiça, a Polícia, o Ministério Público e todos os organismos que estejam funcionando em parâmetros diferenciados pelo Estado Democrático de Direito. Naturalmente o medo numa dosimetria aplicada dentro da legalidade, é necessário e até mesmo indispensável de forma que todos saibam da existência de punibilidade para os atos criminosos com consciência de prestígio e poder dos órgãos encarregados da manutenção e aplicação da Lei nas suas diversas modalidades, em qualquer parte que se esteja. Sem coação, sem punibilidade, sem efetividade da Lei, sem a defesa dos direitos humanos de forma equilibrada, sóbria e equânime tem-se o caos, a anarquia, por tudo isto devemos ter sempre em mente que é benigno o medo que assegure respeito ao próximo e evite a violação de quaisquer dos valores maiores, democráticos da humanidade.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

Leia Também