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Prefeito tenta aprovar terceirização de serviços

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publicado em 27/04/2018 às 14h52
atualizado em 27/04/2018 às 13h19

O prefeito de Sapé, Roberto Feliciano (PSB), enviou à Câmara Municipal da cidade, pedido de inclusão em pauta do projeto que pretende inserir o programa de gestão pactuada no município, ou seja, passar a gerência das funções da administração para organizações sociais. O gestor pede urgência na apreciação do projeto.

O presidente da Câmara, vereador Johni Rocha (PSDB), que já tinha se manifestado contrário a lei, criticou  o pedido do prefeito e falou que “infelizmente a corda esticou”. Dessa forma a Câmara terá que pautar o projeto em respeito aos princípios jurídicos e constitucionais.

O vereador afirmou que considera um prejuízo aos servidores municipais caso os vereadores resolvam votar favoráveis ao projeto do executivo e adiantou que em caso de empate, quando o presidente da Câmara é chamado a votar, ele votará “contrário ao projeto e favorável ao povo sapeense e os servidores públicos”.

Veja nota:

“Ainda na licitação, por se tratar de Pregão, as empresas têm que oferecer o menor preço possível para a prestação dos serviços. Grandes empresas, com sólida reputação, ficam longe das licitações deste tipo, pois sabem que os aventureiros vão baixar os valores a limites impraticáveis pelo mercado, na ânsia de ganhar o contrato. Por mais que os responsáveis pela licitação, tentem amarrar as questões para impedir os picaretas, há limites legais que devem respeitar. Se o licitante apresenta os documentos, preenche as planilhas e diz que vai prestar o serviço por aquele preço, ficam de mãos atadas… inclusive por decisões dos Tribunais de Conta. Declaram o vencedor, assinam o contrato, a nova empresa chega, contrata os terceirizados que já estavam no órgão e tudo, aparentemente, está ótimo. Na maioria das vezes, antes de 3 meses, começam os problemas. Infelizmente, o órgão público pagar em dia a empresa não é garantia que o repasse seja feito integralmente para os trabalhadores terceirizados. Temos vários, muitos casos de benefícios sociais incluídos no pagamento que, pelos mais variados motivos, as empresas de terceirização escondem, não repassam. E aí entramos no outro grande problema envolvendo as terceirizações: as empresas fantasmas. Por que estas empresas não ligam de ter seu nome sujo no mercado, de ter processos da Justiça Trabalhista, de ter contratos rescindidos com o serviço público – com as respectivas penalidades?. Como são praticamente “virtuais”, com 2 ou 3 pessoas gerenciando, podem simplesmente SUMIR. Sim, algumas SOMEM, deixam de pagar os terceirizados e somem com o dinheiro. Pior, o órgão público, mesmo querendo pagar o devido aos terceirizados, não pode… pois a relação de trabalho, de contrato, não é com eles, mas com a empresa. Acontece casos de dinheiro retido em caixa por meses, com terceirizados passando fome, mas a justiça, a Lei, o contrato, não permitia que o órgão repassasse o dinheiro diretamente para eles. Poucos meses depois, esta mesma empresa que some, reaparecesse com outro nome, prestando serviço em outro local, desta vez tendo como sócios outras pessoas… mas é a MESMA. Se a sociedade não se posicionar LOGO, a precarização dos serviços, dos direitos, dos trabalhadores, vai se acentuar mais ainda.”

MaisPB

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