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Cidades & qualidade de vida

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publicado em 10/04/2018 às 17h43

Na coluna do jornalista Abelardo Jurema, publicada no Correio da Paraíba, especificamente na edição da terça feira, 10 de abril em curso, lemos as considerações feitas pelo engenheiro civil Fernando Martins em que faz alusão às avenidas Beira Rio e Ayrton Senna, desta capital, frutos de ações integradas entre a Prefeitura de João Pessoa e o Governo do Estado, tendo nominado os ex-prefeitos Dorgival Terceiro Neto, Hermano Almeida e Chico Franca.

Aquela leitura fez-nos lembrar de alguns “rankings” de cidades sustentáveis ou de melhor qualidade de vida, “rankings” estes divulgados por órgãos como a ONU ou mesmo consultoria como aMacroPlan. E, claro, nosso pensar é o de que todos os governantes desejam o melhor para o povo, o que significa proporcionar-lhe, tanto quanto possível, qualidade de vida! Daí, em primeiro plano, a preocupação com a sustentabilidade das cidades!E isto também nos fez lembrar uma observação do ex-prefeito Cícero Lucena (ao tempo em que estava como senador da República) segundo a qual, em audiências de que participara no Senado Federal, ouvira de especialistas urbanistas a advertência de que “cidades, quando ultrapassam os 600 mil habitantes, ficam muito a desejar em qualidade de vida”!

Em uma das listas do “ranking” a que acima já nos referimos em 1º lugar em qualidade de vida está São Caetano/SP, com seus 150 mil habitantes, seguida de Águas de São Pedro/SP, com menos de 4 mil habitantes. Dentre as 10 cidades primeiras classificadas estão apenas três capitais de estado: Florianópolis/SC, com menos de 500 mil habitantes; Vitória/ES (com cerca de 350 mil habitantes) e Curitiba/PR (com 1,8 milhão de habitantes), esta última “previamente planejada” e preservando os critérios para sustentabilidade há cerca de 50 anos! Nas governanças dessas cidades e respectivos estados sempre prevaleceu o planejamento integrado!

A provocação deste assunto é aqui feita para que nossos governantes possam mais refletir sobre planejamento integrado entre as esferas governamentais, isto porque – já que tanto se fala, como que vantagem fosse, de que João Pessoa está prestes a atingir um milhão de habitantes – o que constatamos é cada governo “olhando pra seu próprio umbigo”, sem dar bolas ao que a outra esfera governamental pretenda fazer em relação à mesma área geográfica. Quer dizer: é uma total falta de integração institucional e governamental, deixando parecer que cada governante esteja mais de olho ao que lhe dê retorno pessoal nas futuras eleições!

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