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Reajustes nas passagens dos ônibus

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publicado em 02/01/2015 às 12h55

Tudo aumenta de preço. Em qualquer país em que haja inflação, por menor que seja, é óbvio que os preços dos serviços e/ou produtos aumentam seus preços. E é em função desses aumentos de preços que é medida a inflação. E cabe perguntar: onde estaria havendo deflação (que é o inverso da inflação)?!…
Mas, o que é interessante, muito interessante mesmo, é que tudo vai aumentando de preço e as pessoas encaram esses aumentos com razoável naturalidade… inclusive a imprensa!

No entanto, quando o aumento de preço refere-se às passagens do transporte coletivo urbano, ih!… “Todo mundo” se admira!… Notemos que até o aumento nos preços das passagens do transporte intermunicipal como no interestadual são vistos com certa naturalidade! Entretanto – repetimos -, quando esse aumento é no transporte coletivo urbano, é manchete aqui, é manchete ali, é manchete acolá, é gente e mais gente se surpreendendo e perguntando o porquê da passagem ter aumentado!… Ninguém se lembra ou não quer se lembrar que houve, por exemplo, aumento no preço do óleo diesel, insumo este que muito pesa para a operação do transporte coletivo!

Talvez em função desse fenômeno bem mais admirativo relacionado aos aumentos nas passagens do transporte coletivo urbano (transporte que é de âmbito eminentemente municipal), os respectivos governos (prefeitos) – ou boa parte deles – mais se acautelam (para não dizer se preservam e agem sem a responsabilidade administrativo-governamental que o assunto exige) e se omitem da autorização de reajuste tarifário para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro desse serviço que é essencial para a população e tão fundamental para toda a funcionalidade das cidades.

Nessa omissão, os próprios governos também são prejudicados tendo em vista que, com a conseqüente deficiência do serviço de transporte coletivo, eles passam a ser criticados pela própria população.

Este é, pois, o principal motivo da voz comum de que o transporte coletivo urbano no Brasil é deficiente!

Porém, já há indícios, bons indícios de que isto está mudando. Os prefeitos passam a encarar com bem mais coragem e real prioridade a questão do transporte coletivo, conscientes de que esse serviço só pode bem funcionar se a ele for proporcionada a condição de equilíbrio econômico-financeiro, em que a receita principal (ou única) resume-se na tarifa cobrada aos passageiros.

Por isto, no âmbito do Nordeste as cidades de Aracaju e Salvador saem na frente: na capital sergipana desde o dia 23 de dezembro a passagem saiu de R$ 2,35 para R$ 2,70; e na capital baiana, a contar de 1º de janeiro a tarifa, antes de R$ 2,80, passou para R$ 3,00.

No Sudeste, Belo Horizonte desde 29 de dezembro implantou a tarifa de R$ 3,10 que anteriormente era de R$ 2,85. No Rio de Janeiro está previsto reajustar para R$ 3,40, dia 3 de janeiro corrente, o valor que estava em R$ 3,00. E em São Paulo estima-se para dia 6 de janeiro em curso o novo preço de R$ 3,50, até então em R$ 3,00.

Há outras cidades reestudando suas tarifas. Vamos aguardar!

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