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CMCG aprova Voto de Repúdio ao governador Ricardo Coutinho

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publicado em 04/04/2018 às 14h03

A Câmara Municipal de Campina Grande, em sessão ordinária desta quarta-feira (4) aprovou, por unanimidade, o requerimento de número 644/2018, que propôs “Voto de Repúdio ao governador Ricardo Coutinho pela omissão na distribuição de medicamentos na Paraíba, com muitos pacientes falecendo e outros em estado crítico”.

A iniciativa de autoria do vereador Márcio Melo Rodrigues (PSDC) foi acatada pelos demais vereadores campinenses.

Segundo Márcio Rodrigues, “a proposta é em consequência da falta de responsabilidade das autoridades estaduais, e simplesmente pacientes estão falecendo, como exemplo a senhora Janaína Barreto de Oliveira, 25 anos, com dois filhos menores, inclusive com ordem judicial para a entrega dos medicamentos, mas infelizmente não logrou êxito. Era a sua única saída. Inclusive, o remédio é fabricado no Brasil, mas o Governo da Paraíba não adotou as medidas necessárias para a entrega do remédio. Ela precisava tomar duas ampolas a cada vinte dias e numa situação bizarra a moça veio a falecer por conta da omissão do Governo. Ela tinha uma chance de cura muito boa, mas a negligência falou mais alto”.

A Justiça determinou em fevereiro ao CEDMEX (Centro de Distribuição de Medicamentos do Estado) a entrega do medicamento no prazo de cinco dias à comerciária, que faleceu sem receber o remédio.

Segurança pessoal para Ricardo

Márcio Rodrigues corrobora a iniciativa do prefeito Romero Rodrigues (PSDB), de Campina Grande, que atacou duramente uma lei sancionada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), às vésperas de deixar o Governo do Estado, criando uma guarda pessoal para o ex-governador.

“Enquanto a Paraíba está mergulhada no mais absoluto caos na área de segurança pública, Coutinho afronta o contribuinte mais uma vez com uma medida que dá a exata dimensão de sua principal preocupação: o próprio bem-estar” critica Romero.

A lei, de nº 11.097, de 28 de março deste ano, foi sancionada e publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 31. A criação, no caso da guarda, beneficia mais especificamente o gestor que deixou o cargo mais recentemente. Ao todo, serão três policiais militares colocados à disposição da segurança do futuro ex-governador. Todos pagos pelo Estado. Na mesma lei, são criados cinco cargos de indicação de familiares para cuidar do acervo dos ex-governadores.

Na avaliação é por conta desse tipo de postura que a população brasileira está dando as costas à classe política, pois muitos se atrevem a financiar seus projetos pessoais de usufruto do poder até mesmo quando deixam seus cargos, sem qualquer respeito à situação dos cofres públicos e ao suado dinheiro do contribuinte.  Para o prefeito campinense, esse traço da personalidade do socialista que não tem o menor escrúpulo em usar a caneta para benefício próprio, sob o manto da inconstitucionalidade pode ser detectado em vários momentos nos últimos oito anos.

MaisPB

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