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Em Aracaju, ônibus, R$ 2,70?!…

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publicado em 12/01/2015 às 18h27

Nesta semana passada, face alguns escritos nossos publicados aqui no Correio da Paraíba, três questionamentos foram-nos feitos.

O primeiro deles está no título destes escritos: “Mário, é verdade mesmo que em Aracaju a tarifa do transporte coletivo é de R$ 2,70?!”.

Óbvio que respondemos afirmativamente (“Sim”) e isto já acontece desde antes do Natal do ano passado, quando a tarifa de R$ 2,35, que prevalecia há cerca de um ano, passou para os R$ 2,70 atuais. E vizinha a Aracaju, “em direção norte”, está a outra capital, Maceió (esta, claro, capital de Alagoas), em que a atual tarifa de R$ 2,50 encontra-se em estudos para reajuste.

Mas, acima de Aracaju, portanto “em direção sul”, vem a capital baiana, Salvador, que reajustou para R$ 3,00, em comecinho deste ano, a tarifa de R$ 2,80 que cobrava desde o ano passado.

Entretanto, voltemos aos questionamentos feitos e nos reportemos à segunda pergunta que nos foi feita: “Mesmo estando agora em R$ 3,50, você não acha que a tarifa dos ônibus de São Paulo parece mais razoável que a de João Pessoa?”.

A este questionamento respondemos ao interlocutor que ele não estava conhecendo qual o preço real da tarifa dos ônibus de São Paulo. E dissemos: a tarifa técnica da capital paulista, o que significa a tarifa real, é de R$ 4,76. O que lá ocorre é que R$ 1,26 de cada passagem está sendo subsidiado pela Prefeitura paulistana, como já acontecia antes em valor ligeiramente menor, daí o município de São Paulo haver subsidiado cerca de R$ 1,7 bilhão em 2014.

A terceira pergunta foi quanto ao que nós pessoalmente achávamos do Movimento Passe Livre!… E sobre este tema de início esclarecemos que, não só em relação à cidade de João Pessoa, mas praticamente em todas as cidades brasileiras já há vários segmentos que têm, sim, o Passe Livre no transporte coletivo urbano, começando com as pessoas de idade igual ou superior a 65 anos, benefício este dos mais justos. Há também, como beneficiários do Passe Livre, os policiais civis, policiais militares e carteiros da EBCT em serviço. Há ainda os portadores de deficiência. Igualmente os oficiais de justiça… e outros. O problema destas gratuidades está no fato de que os Governos criaram-nas e não comprometeram os recursos orçamentários que a própria Constituição Federal preconiza para subsidiá-las e consequentemente não encarecer o valor da passagem paga pelos demais passageiros do transporte coletivo urbano. E, como o espaço acabou, nesta semana completaremos os esclarecimentos a respeito.

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