Carlinhos Brown, entre coerência e humildade

O Portal MaisPB, logo às 14h25 deste domingo da semifinal do “The Voice Kids”
(e nem bem se encerrara aquele programa “ao vivo”), noticiou que “Escolhida pelo
público, Mariah é eliminada”!

Claro que foi grande a decepção do público que acompanhava a Rede Globo de
Televisão e mais especialmente os que votaram na paraibana, daqui de João Pessoa,
Mariah Yohana, para que fosse ela, como representante do time de Carlinhos Brown, a
classificasse para a final do “The Voice Kids”, a realizar-se no próximo domingo, dia 8.
No entanto, sobretudo os paraibanos que sempre estão “antenados” no Portal
MaisPB, saíram do estado de frustração e embarcaram no voo da alegria exatamente
pelas 18h28 com a nova manchete: “Reviravolta – Globo anuncia Mariah na final do
The Voice Kids”!

Nessa nova notícia do MaisPB a explicação do que causou a reviravolta: – e não
foi só o fato de que na revisão da pontuação, e mesmo com os 20 pontos de Carlinhos
Brown dados para a concorrente Talita Cipriano (paulista de Sorocaba), esta ficara com
44,82%, enquanto Mariah alcançou, diretamente pelo público, 45,05%. O que causou,
mesmo, essa reviravolta foi a manifestação do público brasileiro pelas redes sociais,
como que protestando que a Globo não considerara tamanho peso da vontade
popular (45% contra 25%).

E aí cumpre manifestar nosso pensamento de divergência
para com a Globo relativamente a ter delegado que o jurado de cada time pudesse
atribuir 20 pontos destinados a um só concorrente.
Diferente seria, por óbvio, se esses 20 pontos pudessem ser distribuídos entre
os três candidatos, como em edição anterior (que imaginamos tenha sido no “The
Voice” de adultos) já acontecera, embora ao jurado também fosse atribuída a
competência de conceder tal pontuação a um só, se assim achasse adequado.
Sem dúvida, em um universo de 100 pontos divisíveis por três concorrentes, o
acréscimo de 20 pontos – por parte de um jurado – para um só dos três candidatos,
corresponde a um desequilíbrio imenso, nunca imaginável haver – como desta vez
houve – um empate.

E, como a Globo já assim “regulamentou” em relação a outros
concursos, o desempate caberia à manifestação do público, jamais ao jurado que,
sobre sua preferência, anteriormente tinha se manifestado, e que, para o desempate,
não poderia ser incoerente com ele próprio, salvo se se declarasse tão humilde que
viesse a nesse sentido dizer que não lhe caberia contrariar a opinião do público.

Mário Tourinho

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