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Suprema Corte aprova extradição de ex-presidente

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publicado em 13/03/2018 às 18h31
atualizado em 13/03/2018 às 15h33

A Suprema Corte de Justiça do Peru aprovou nesta terça-feira (13) o envio aos Estados Unidos do pedido de extradição do ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), que é investigado por supostamente receber propinas avaliadas em US$ 20 milhões da Odebrecht. A informação é da agência EFE.

A Sala Penal Permanente votou de forma unânime em favor da solicitação apresentada pelo juiz Richard Concepción Carhuancho pelos supostos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e conluio, de acordo com a resolução publicada no site do Poder Judiciário.

O juiz supremo César San Martín presidiu aaudiência que emitiu a decisão consultiva, que dispôs que o caderno de extradição de Toledo seja remetido ao Ministério da Justiça para sua tramitação.

Com a solicitação aprovada pelo Judiciário, o governo peruano deve ratificá-la no Conselho de Ministros antes que ela possa ser enviada, através da Chancelaria, ao Departamento de Justiça dos EUA para conseguir a repatriação de Toledo e colocá-lo à disposição da Justiça peruana.

Pagou propina

O ex-presidente, residente nos Estados Unidos, tem uma ordem de detenção por 18 meses, ditada em fevereiro do ano passado, por causa das declarações do ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, às justiças peruana e brasileira. Segundo Barata, a Odebrecht pagou propina ao ex-presidente para ganhar a licitação de dois trechos da rodovia Interoceânica Sul.

Além disso, Toledo foi investigado nos últimos anos pela aquisição de casas e escritórios em Lima por quase US$ 5 milhões com recursos da empresa Ecoteva, criada pelo seu amigo Josef Maiman e a sua sogra Eva Fernenbug, na Costa Rica.

Maiman confirmou ao Ministério Público peruano que emprestou suas contas a Toledo e que os recursos, procedentes de contas de Odebrecht, foram transferidos para a Ecoteva.

No Peru, o caso Odebrecht se concentrou em seguir o rastro das propinas milionárias que a companhia brasileira admitiu para a Justiça americana que pagou para funcionários e agentes públicos em troca da concessão de obras entre 2005 e 2014, além das contribuições ilegais para políticos peruanos.

Agência Brasil 

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